De acordo com o despacho presidencial, que aprova o acordo-quadro de financiamento, a concessão desta linha de crédito justifica-se pela necessidade de "diversificar as fontes de financiamento para a cobertura de projectos de investimentos públicos para o desenvolvimento económico e social do país", tendo em conta a crise financeira gerada pela quebra nas receitas do petróleo.
Esta linha de financiamento com o CaixaBank - que mantém um diferendo com a empresária Isabel dos Santos, filha do chefe de Estado -, sobre a qual o despacho assinado pelo Presidente José Eduardo dos Santos não adianta mais informações além do valor, é explicada ainda pela necessidade de execução de projectos inseridos no Programa de Investimentos Públicos e "outros de interesse nacional".
Devido precisamente à crise financeira que o nosso país atravessa, a Assembleia Nacional aprovou na segunda-feira, na generalidade, a proposta de revisão do Orçamento Geral do Estado para 2016, que revê o crescimento da economia de 3,3 por cento para 1,1 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). Além disso, para apoiar a economia, as necessidades de endividamento do Estado aumentam mais de 19 por cento face ao Orçamento em vigor, enquanto o défice dispara de 5,5 por cento para 6,8 por cento do PIB.
Num caso que envolve o banco espanhol, Portugal e Angola, no início do ano, estalou uma "guerra" entre os principais accionistas do banco BPI (que detém o Banco Fomento Angola), o espanhol CaixaBank, com cerca de 45 por cento do capital social, e a Santoro, de Isabel dos Santos com cerca de 19 por cento.