De acordo com um comunicado remetido ao VerAngola, esse acordo dá continuidade a uma parceria firmada em 2012, no âmbito da qual dez técnicos de Angola foram treinados durante seis meses em propagação artificial e criação de peixes, conservação ambiental e limnologia, no Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Betume, em Neópolis (SE).
De acordo com o director-geral do Instituto da Pesca Artesanal de Angola, Nkossy Luyeye, os técnicos trabalham actualmente para o Governo e oferecem assistência técnica em quatro das 18 províncias angolanas. “Todo o conhecimento e toda a experiência que eles adquiriram com os profissionais da Codevasf têm sido repassados a outras pessoas em Angola. Com a reunião de hoje estamos a procurar retomar essa cooperação com a Codevasf”, explica.
Na encontro Nkossy Luyeye e o director da Área de Revitalização da Codevasf, Eduardo Motta, discutiram a possibilidade de que uma nova turma de técnicos angolanos seja recebida pela companhia ainda neste ano em algum de seus centros de recursos pesqueiros e aquicultura. “O objectivo é intensificar essa cooperação e multiplicar conhecimento. Houve um intercâmbio muito produtivo entre técnicos de pesca de Angola e da Codevasf”, afirma Motta.
A Codevasf opera sete Centros Integrados de Recursos Pesqueiros e Aquicultura: dois em Minas Gerais (Três Marias e Gorutuba) e na Bahia (Ceraíma e Xique-Xique), e um nos estados de Pernambuco (Bebedouro), Sergipe (Betume) e Alagoas (Itiúba). A empresa também trabalha na implantação de um Centro de Referência em Pesca e Aquicultura em Parnaíba, no Piauí.
Os centros foram concebidos para servir de base para acções de pesquisa e produção de tecnologia em reprodução, larvicultura e alevinagem de espécies de peixes nativas, pesquisa e monitoramento da qualidade da água da bacia do São Francisco, produção de alevinos para o repovoamento de mananciais, fiscalização, educação ambiental, capacitação e gestão de recursos pesqueiros.