Em comunicado enviado à Lusa, em Luanda, a Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol) considera esta marca acumulada como "significativa" e recorda que com o arranque recente da actividade da FPSO (Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Descarga), aquele bloco passou a produzir 700 mil barris de petróleo por dia.
"Constitui uma referência mundial para a indústria petrolífera, com quinze descobertas e perspectivas de produção bastante promissoras. Ao longo dos últimos 14 anos, a sua produção tem registado um crescimento contínuo", refere a Sonangol.
Só em Abril, de acordo com um relatório do Ministério das Finanças de Angola ao qual a Lusa teve acesso, o bloco 17 garantiu 29,7 mil milhões de kwanzas em receitas fiscais, com a exportação de 20,4 milhões de barris de petróleo. No mesmo mês, entre um total de dez blocos de produção, a exportação de 53,1 milhões de barris de crude (incluindo o bloco 17) rendeu em receitas fiscais 90,5 mil milhões de kwanzas.
Além da Total, operadora com 40 por cento da sociedade, e da Sonangol, concessionária estatal, o bloco 17 integra ainda como parceiros a Statoil (23,33 por cento), a Esso Exploration Angola Block 17 (20 por cento) e a BP Exploration Angola (16,57 por cento).
De acordo com informação anterior da Sonangol, a produção de petróleo em Angola diminuiu 2,6 por cento em 2014, face ao ano anterior, para 1,671 milhões de barris por dia, e os lucros líquidos da concessionária pública caíram 77 por cento, para 710 milhões de dólares. As reservas de petróleo em Angola estão avaliadas entre 3,5 mil milhões de barris (categoria de provada) e 10,8 mil milhões de barris (categoria de provável).