Mário Mangueira, membro da comissão de reestruturação do Fundo Activo de Capital de Risco Angolano (FACRA), falando depois da apresentação do terceiro painel "O papel das instituições financeiras para apoio aos projectos turísticos" na Bolsa Internacional do Turismo (BITUR), adiantou que a verba vai ser concedida aos ramos da hotelaria, restauração, agenciamento de viagens, lazer e entretenimento.
No entanto, como funciona a entrega de montantes? Segundo o responsável, esta atribuição se estabelece pelo pedido e financiamento por parte do operador.
Citado pela Angop, adiantou que actualmente estão a trabalhar nos requisitos e nos pacotes que terão à disposição pelos empresários, cuja disponibilização dependerá do montante pedido, bem como da capacidade da empresa.
Logo que o FACRA seja capitalizado, avançou, será feita uma comunicação para se arrancar com o processo de recebimento de candidaturas, estimando-se que isso tenha início no final de Maio.
Segundo o responsável trata-se da "primeira experiência" do fundo no ramo do turismo: "Vai ser uma primeira experiência do FACRA no sector do turismo e com base nesta que teremos este ano poderemos rever se é ou não suficiente para os próximos anos, mas a princípio acreditamos que sim, é um valor suficiente", disse.
Já deixando o ramo do turismo de lado, o Mário Mangueira disse que a experiência do fundo com as medidas de incentivos à economia tem uma variação entre 300 a 500 milhões de kwanzas, sem um tecto máximo definido, estando dependente da atractividade da própria iniciativa, sendo que pode atingir os 800 milhões de kwanzas.
Nos requisitos de financiamento, segundo o responsável, numa primeira fase, é preciso uma carta de pedido do crédito direccionada ao FACRA, assim como um plano de negócios com projecções de cinco anos e ainda documentos relativos à identificação pessoal de quem promove o projecto. No entanto, fez saber que ainda não estão a receber os pedidos, contudo, na capital, esses vão poder ser entregues na FACRA, assim como por e-mail (projectos@facra.gov.ao). Já fora da capital, em casos no interior de Angola, podem ser entregues nos gabinetes províncias de desenvolvimento económico e integrado.
Já deixando este domínio de lado, o responsável adiantou que deram início à medida de estímulo à economia no ano passado, tendo já sido disponibilizados cerca de 1,2 mil milhões de kwanzas, com as primeiras quatro iniciativas de financiamentos, sendo que a referida linha se encontra orçada em cinco mil milhões de kwanzas, escreve a Angop.
Refira-se que o Planatur tem em vista, entre outros aspectos, garantir o investimento directo em grande escala, bem como o desenvolvimento de infra-estruturas e serviços públicos, ressalvar a qualificação e a formação dos recursos humanos para prestar serviços e ainda melhorias do quadro legal e regulatório da actividade do turismo em solo nacional.
