Segundo o chefe de Estado – que recordou que do total de 18 províncias que compõem o país só uma dezena tem ligação à rede nacional –, com a ligação de Cabinda à rede nacional, a dependência desta província de combustíveis fósseis para a produção de energia eléctrica terá fim à vista.
A seu ver, esta assume-se como mais uma demonstração de que o contributo do país para a transição energética já se encontra em curso e, com algum êxito, vai diminuindo a emissão de carbono para a atmosfera no processo direccionado a produzir energia eléctrica, escreve a Angop.
Na ocasião, o Presidente referiu igualmente que 74 por cento da energia em produção no país já não tem dependência de combustíveis fósseis, cujo domínio no que diz respeito à produção de energia cabe a fontes hidroeléctricas, seguindo-se as fontes fotovoltaicas.
Relembrou que Angola conta com três barragens hidroeléctricas, tendo em construção a maior delas, nomeadamente a de Caculo Cabaça.
Neste momento, continuou, o volume de produção situa-se acima dos 6000 megawatts, sendo que o desafio – apesar de Angola manter as preocupações no que diz respeito ao aumento da produção – passa por levar a referida energia à maior parte dos consumidores, por via das linhas de transportes, escreve a Angop.
Entre os desafios, segundo o Presidente da República, consta também o facto de ser necessário contribuir com esta produção de energia no sentido de diminuir a carência deste produto na região austral de África. Nesse sentido, adiantou que o país se encontra a trabalhar com o ramo privado, bem como instituições de crédito, visando o financiamento de uma linha de transporte de energia que fará a ligação da rede da SADC, a partir de Ruacaná (Namíbia), cuja extensão deverá rondar aproximadamente 400 quilómetros.
Além disso, também se encontra a estender convites aos investidores privados no sentido de apostarem numa linha de aproximadamente 1300 quilómetros para transportar energia da Bacia do Kwanza para países vizinhos, como por exemplo Zâmbia e República Democrática do Congo (RDC) e também para o Corredor do Lobito, refere a Angop.
Recorde-se que João Lourenço está em Dallas, nos Estados Unidos da América, onde participa na 16.ª Cimeira Empresarial EUA-África.