A sociedade criada pelo Estado em 2026 para gerir o crédito malparado no sistema bancário nacional tinha estabelecido como meta a recuperação de 26,30 mil milhões de kwanzas em 2023, montante aproximado ao de 2022.
Em relação à síntese dos processos, o balanço de recuperação da Recredit – Gestão de Ativos indica que aproximadamente 64 por cento encontram-se em fase de negociação activa e 36 por cento da carteira em contencioso ou acção judicial.
A instituição contabiliza um total de 476 processos entregues, com valor de exposição de 1,24 biliões de kwanzas, 327 processos negociados, com valor de exposição de 798 mil milhões de kwanzas e 149 processos em contencioso, com valor de exposição de 451 mil milhões de kwanzas.
Em 2023, a Recredit, no âmbito da sua actividade, adquiriu duas carteiras de crédito ao Banco de Poupança e Crédito (BPC), maior banco nacional de capitais públicos, com o valor de exposição total de 1,24 biliões de kwanzas.
Este ano, no primeiro trimestre, a sociedade recuperou o equivalente a 1,20 mil milhões de kwanzas, perspectivando até final de Dezembro recuperar 28,50 mil milhões de kwanzas.
Segundo o relatório de actividade de 2023 a instituição obteve um resultado líquido de 48,9 mil milhões de kwanzas em 2023, menos 47 por cento que os 92,4 mil milhões de kwanzas do que no exercício anterior.
O balanço aponta ainda para crescimentos do ativo e do passivo de 22,98 e 43,89 por cento, respetivamente, comparativamente a 2022.
Os capitais próprios apresentaram um crescimento de 22,86 por cento face a 2022 e a autonomia financeira era no final de 2023 de 99,29 por cento.