"O povo angolano solidariza-se com o povo moçambicano na luta contra o flagelo do terrorismo e extremismo violento, que, além de destruições materiais, têm ceifado vidas humanas", afirmou Téte António, durante a 10.ª Sessão da Comissão Bilateral entre a República de Moçambique e a República de Angola, que decorreu esta Terça-feira em Maputo.
O terrorismo tem "privado o país e o nosso continente de valiosos filhos", prosseguiu o chefe da diplomacia nacional.
Téte António também manifestou pesar com a morte de 98 pessoas num naufrágio de um barco de pesca no posto administrativo de Lunga, distrito de Mossuril, província de Nampula, norte de Moçambique, no dia 7 deste mês, pedindo um minuto de silêncio em memória das vítimas.
"A relação entre os nossos dois países tem, sobretudo, como fator determinante, os laços que unem os nossos dois povos, em todas as circunstâncias, por esta razão foi com muita dor que o Governo e o povo de Angola tomaram conhecimento da tragédia do acidente do navio que causou a perda de cerca de uma centena de filhos deste país", sublinhou o ministro das Relações Exteriores.
A província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, enfrenta desde Outubro de 2017 uma insurgência armada com ataques reclamados por grupos associados ao Estado Islâmico.
Depois de vários meses de relativa normalidade, a província de Cabo Delgado registou nos últimos meses novas movimentações e ataques de grupos rebeldes, que têm limitado a circulação para alguns pontos nas poucas estradas asfaltadas que dão acesso a vários distritos.
A insurgência levou a uma resposta militar desde Julho de 2021, com apoio do Ruanda, com mais de 2000 militares, e da Comunidade de Desenvolvimento da África austral, libertando distritos junto aos projetos de gás natural.
