"De acordo com informações recebidas de autoridades locais, não há registo recente de morte de cidadãos brasileiros em Angola", respondeu assim o Ministério das Relações Exteriores do Brasil à Lusa.
Na Quarta-feira, as Forças Armadas de Cabinda (FAC), braço armado da Frente para a Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC) anunciaram a morte de sete soldados das Forças Armadas Angolanas e três cidadãos brasileiros em confrontos na região de Maiombe.
Segundo um comunicado da FLEC-FAC, os sete militares angolanos e os cidadãos brasileiros foram mortos em dois confrontos que ocorreram esta Terça-feira de manhã, nas aldeias de Kisungo e Tando Maselele, no município de Belize, região de Maiombe (norte de Cabinda).
No ataque ficaram igualmente feridos oito soldados angolanos.
A Lusa questionou o Ministério da Defesa para ter uma confirmação oficial sobre o incidente, mas não obteve resposta.
Fonte da embaixada brasileira disse não ter informação sobre os cidadãos brasileiros e que não foram accionados os canais consulares.
A FLEC, através do seu "braço armado", as FAC, luta pela independência daquela província há várias décadas, alegando que o enclave era um protectorado português, tal como ficou estabelecido no Tratado de Simulambuco, assinado em 1885, e não parte integrante do território angolano.
Cabinda é delimitada a norte pela República do Congo, a leste e a sul pela República Democrática do Congo e a oeste pelo Oceano Atlântico, sendo descontinuada geograficamente do território angolano.