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Saúde

Projecto financiado pelo Fundo Global quer reforçar capacidade de diagnóstico no Cuanza Sul e Benguela

Contando com financiamento do Fundo Global, o projecto Setllar quer alargar e reforçar a capacidade de diagnóstico no Cuanza Sul e em Benguela. Assim, no âmbito da parceria com o Fundo Global, laboratórios nestas duas províncias receberão assistência técnica especializada.

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O projecto – que segundo a Rádio Nacional de Angola (RNA) será financiado pelo Fundo Global, que prevê disponibilizar até 900 mil dólares para a iniciativa, durante um ano – visa reforçar a capacidade de diagnóstico especialmente para a malária, tuberculose, covid-19 e VIH.

De acordo com a directora do instituto de investigação em saúde, Joana Morais, às vezes existem rupturas nos reagentes e pode ser normal que os utentes cheguem a um laboratório e não haja algum exame disponível. No entanto, o objectivo é fazer com que isso não aconteça.

"Nós às vezes temos algumas rupturas de reagentes e às vezes é normal um cidadão ou um utente chegar a um laboratório e não ter algum exame disponível. O que se pretende é que isto não aconteça, principalmente para as doenças prioritárias que este projecto está focado: VIH, malária, tuberculose e covid-19", disse, citada pela RNA.

"Vai ter este acesso contínuo, para além disso a questão da fiabilidade, ter a certeza que aquele diagnóstico é o diagnóstico correcto e a qualidade dos laboratórios, uma vez os laboratórios melhorando, a parte clínica e de tratamento também", acrescentou.

Além disso, a responsável fez igualmente saber que está a ser elaborado um plano de actividades que abrangerá formações para os recursos humanos.

"Estamos a desenvolver um plano de actividades, capacitação e a formação dos recursos humanos, o apoio aos dois laboratórios focais destas duas províncias, isto podemos falar de alguns equipamentos, de alguma questão eléctrica, depois temos a questão da implementação dos sistemas de gestão da qualidade e temos a parte dos sistemas de informação integrados e assim podermos ter acesso aos dados de diagnóstico que estas províncias vão desenvolvendo", referiu, citada pela RNA.

Joana Morais voltou a referir a falta de reagentes, indicando que as rupturas acabam por condicionar a sustentabilidade dos diagnósticos.

"Quando fazemos a avaliação com laboratórios regionais os nossos resultados nunca têm tido resultados inferiores a 98 e 100 por cento, portanto posso dizer que estamos dentro dos padrões de qualidade e que realmente o nosso maior desafio ou a nossa maior dificuldade é o acesso aos reagentes de forma oportuna para a sustentabilidade do diagnóstico", disse.

"O que nós gostaríamos é não ter rupturas de stock porque é isso que nos impede de forma rotineira darmos assistência principalmente às questões de diagnóstico diferenciado", acrescentou, citada pela RNA.

De referir que o país vai receber 82 milhões de dólares do Fundo Global para auxiliar a colmatar, entre 2024 e 2027, doenças como o VIH, tuberculose e malária. O anúncio foi feito na Segunda-feira, 5 de Dezembro, por Joshua Galjour, gestor sénior da instituição.

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