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Receitas da exportação de gás valem o triplo das receitas dos diamantes

Nos primeiros nove meses do ano, as receitas brutas com a exportação de gás chegaram aos 4.356 milhões de dólares (21 por cento acima dos 3.614 milhões de dólares arrecadados durante os 12 meses de 2021), representando 11 por cento do total das exportações do país e valendo já cerca do tripo das receitas dos diamantes.

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Segundo Expansão, a receita arrecada com a venda de gás ao exterior, no período em referência, vale já três vezes mais do que as receitas obtidas com a exportação de diamantes.

As pedras preciosas têm perdido força nos últimos cinco anos, conquistando somente o segundo lugar da tabela dos principais produtos de exportação do país em 2020, período em que a receita do gás ficou em 1.032 milhões de dólares perante os 1.070 milhões de dólares oriundos dos diamantes, adianta o mesmo jornal.

Já no ano passado, a receita com a exportação de diamantes subiu substancialmente para o melhor resultado dos últimos anos, alcançando os 1.550 milhões de dólares. Contudo, não foi suficiente para ultrapassarem o gás, cujas receitas se fixaram nos 3.614 milhões de dólares.

Entre as justificações consta o preço médio do barril de petróleo equivalente que se presta como referência para as exportações de gás que, de acordo com estatísticas externas do Banco Nacional de Angola, não cessa o crescimento, escreve o Expansão.

No primeiro trimestre, adianta o mesmo jornal, o valor médio de exportação por barril rondou nos 167,4 dólares ao passo que no segundo e terceiro trimestres o preço andou entre os 117,4 dólares e 161,9 dólares, respectivamente. Valores superiores ao valor médio a que foram comercializados no ano passado (91,4 dólares) e em 2020 (22 dólares).

Segundo o Expansão, o incremento no custo da exportação de gás tem compensado o declínio nas quantidades deste produto vendido no exterior, verificado consecutivamente nos últimos quatro anos. Ou seja, entre 2019 e o ano passado, a quantia exportada de gás desceu para 39,551 mil barris de petróleo (21 por cento), uma tendência que poderá ser invertida este ano, uma vez que entre Janeiro e Setembro de 2022 se exportaram 28.986,2 mil barris equivalentes face aos 28.735,7 vendidos no período homólogo do ano passado.

Relativamente às pedras preciosas, actualmente posicionadas na terceira posição dos produtos que mais valem a nível de receitas brutas, os custos médios de exportação por quilate têm estado a aumentar, sendo que entre 2020 e o ano passado, o valor médio subiu 42 por cento (para 177,8 dólares) ao passo que no primeiro trimestre deste ano o valor médio rondou os 250,2 dólares, no segundo trimestre ficou nos cerca de 230,1 dólares e no terceiro trimestre deste ano ficou nos 197 dólares, escreve o Expansão.

 

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