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Professores iniciam segunda fase de greve na Terça-feira

O Sindicato Nacional de Professores (Sinprof) inicia na Terça-feira e até 11 de Dezembro uma nova fase de greve, depois de falhar um acordo com o Ministério da Educação, anunciou a organização sindical.

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A greve, faseada, tinha sido suspensa na Quinta-feira passada, e vai ser agora retomada por não terem sido atendidas as reivindicações dos professores.

"Esta decisão saiu de uma assembleia de auscultação com sindicalistas e professores do Ministério da Educação, realizada no dia 3 de Dezembro pelo Sinprof, nas 18 províncias. O encontro serviu para abordar assuntos saídos do encontro que o sindicato manteve com a ministra da Educação, Luísa Grilo", no dia 1 de Dezembro, informou o Sinprof num comunicado.

O sindicato avançou que os 10 pontos do seu caderno reivindicativo "sintetizam as principais preocupações da classe docente e do sector da educação", tendo sido assinado a 24 de Abril de 2021, um memorando de entendimento sobre um ponto do caderno que se refere à progressão na carreira dos agentes da educação.

No entanto, deveriam continuar a ser negociados os restantes pontos, aos quais não se chegou a um entendimento. O memorando concedia, segundo o Sinprof, uma moratória e a advertência do retorno à greve, em caso de incumprimento dos pontos do caderno.

A 16 de Julho, o Sinprof comunicou ao Ministério da Educação que os professores entrariam em greve se as questões do caderno não fossem satisfeitas, tendo sido realizadas rondas negociais em Outubro e Novembro, sem resultados satisfatórios.

"Entre os dias 23 e 30 de Novembro foi materializada a primeira fase de greve em todo o país, com uma adesão histórica ao nível dos 100 por cento", prosseguiu o Sinprof, realçando que, na passada Quinta-feira, no único encontro de concertação realizado após a greve, a ministra da Educação solicitou uma moratória de 15 dias para que as questões em discussão fossem analisadas pelo Conselho de Ministros.

No entanto, nas assembleias de trabalhadores realizadas em todo o país no Sábado, em que participaram 15.934 professores, estes deliberaram, por unanimidade, não aceitar a moratória "por carecer de uma proposta com acções concretas".

O Sinprof afirmou estar consciente das consequências que a greve pode provocar ao processo de ensino-aprendizagem e ao calendário escolar e apelou, por isso, na nota, a que o executivo resolva "as questões reivindicadas pelos professores, de forma a se sair deste impasse".

Na perspectiva do Ministério da Educação, a declaração de greve decretada pelo Sinprof rompe o memorando de entendimento assinado entre as partes a vigorar até Janeiro de 2023 e ignora os esforços e a abertura ao diálogo na resolução das questões reivindicadas, algumas das quais em tratamento por outros departamentos ministeriais.

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