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Economia

Bolsa negociou 1,33 biliões de kwanzas até Novembro deste ano

A Bolsa de Dívida e Valores de Angola (Bodiva) negociou este ano 1,33 biliões de kwanzas, com 76,30 por cento do valor negociado em obrigações do tesouro não reajustáveis e 1 por cento de acções.

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De acordo com Heriwalter Domingos, técnico do Departamento de Negociação da Bodiva, que falava em conferência de imprensa para apresentar os resultados alcançados este ano e perspectivas para 2023, o montante alcançado refere-se ao período entre Janeiro e Novembro deste ano.

Entre as tipologias negociadas, destacaram-se também as obrigações indexadas à taxa de câmbio, representando 19,52 por cento.

Em Agosto deste ano, a Bodiva bateu o recorde do maior montante negociado em uma única sessão de bolsa, com o montante de cerca de 124 mil milhões de kwanzas, permitindo atingir o maior montante mensal negociado desde a sua existência, em 2014, de cerca de 335 mil milhões de kwanzas.

Heriwalter Domingos realçou a dinâmica do mercado de capitais, salientando que o recorde atingido representou uma variação de 48,05 por cento, comparativamente ao período homólogo, e de 19,52 por cento comparativamente a todo o ano de 2022.

Segundo Heriwalter Domingos, actualmente a Bodiva conta com 26 membros, dos quais 22 de negociação, dois associados e duas corretoras, tendo o Banco de Fomento Angola (BFA) a maior percentagem do montante negociado pela Bodiva, representando cerca de 25,51 por cento da quota de mercado, seguindo-se o Banco Angolano de Investimento (BAI) que representou 19,63 por cento da quota total do mercado e o Standard Bank Angola cerca de 9,16 por cento.

Para 2023, a Bodiva perspectiva o alargamento da base de investidores para o mercado de capitais, a inserção de mais correctoras e sociedades distribuidoras, por conta da transição dos serviços actualmente prestado pelos bancos, que passarão a ser prestados por essas entidades.

Outro desafio, avançou o técnico, é a consolidação dos novos segmentos alcançados este ano, entre os quais o mercado de acções, que em 2022 teve uma representação de 1,07 por cento do montante negociado e com tendência de crescimento, porque "trata-se de um produto de renda variável, cuja atractividade é maior que as obrigações de tesouro".

"Tendencialmente nos próximos anos teremos um mercado de acções mais robusto e mais dinâmico", afirmou o técnico, destacando que a Bodiva activou o mercado de bolsa de acções, através da admissão e negociação das acções do BAI, a 9 de Junho.

A captação de emitentes privados e o aumento dos investidores não residentes cambiais são outros dos marcos a atingir no próximo ano.

Este ano, pela primeira vez, a Bodiva contou com investimentos de não residentes cambiais, "um momento bastante importante" para o mercado nacional.

Na sua intervenção, a administradora da Bodiva, Cristina Lourenço referiu que o mercado de capitais tem dado "cada vez mais sinais de desenvolvimento", ressaltando a necessidade do acesso à informação "clara, rigorosa, tempestiva e sobretudo de acesso livre a todos".

"No nosso mercado em particular e pela fase incipiente em que se encontra é ainda mais importante que façamos bem essa informação, não só a Bodiva enquanto sociedade gestora do mercado regulamentado como todos os 'players' do mercado", disse.

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