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FMI aprova última revisão do programa de ajuda e desembolsa cerca de 768 milhões de dólares

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu esta Quinta-feira em alta a previsão de crescimento de Angola, esperando um crescimento de 0,1 por cento este ano, no dia em que aprovou a última revisão do programa de financiamento.

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"O Conselho de Administração do FMI completou hoje a sexta revisão do programa económico de Angola, apoiado por um Programa de Financiamento Ampliado, e concluiu as consultas ao abrigo do Artigo IV; a decisão da administração permite um desembolso imediato de cerca de 748 milhões de dólares, elevando o total disponibilizado ao abrigo do acordo para cerca de 4,5 mil milhões de dólares", lê-se no comunicado divulgado esta Quinta-feira.

"A economia de Angola está a regressar a um crescimento positivo, com o efeito da pandemia de covid-19 a esbater-se", escreve o FMI, depois de melhorar a previsão de crescimento, que passou de uma recessão de 0,7 por cento para um crescimento positivo de 0,1 por cento este ano.

De acordo com o Fundo, "a perspectiva política das autoridades continua sã, e os responsáveis políticos continuam empenhados no seu plano de reformas no seguimento da conclusão do programa apoiado pelo FMI".

Angola deverá acelerar o crescimento económico para 2,9 por cento em 2022, o que representa uma revisão em alta face aos 2,6 por cento anteriormente previstos pelo Fundo, e registar um crescimento médio de longo prazo em torno dos 4 por cento, diz o Fundo, sustentando a previsão "na implementação das reformas estruturais".

A inflação, que deverá chegar quase aos 26 por cento este ano, "deverá começar gradualmente a abrandar em 2022", enquanto o rácio da dívida pública, que no ano passado estava nos 135,1 por cento, deverá cair este ano para 95,9 por cento e para 78,9 por cento em 2022, ajudada não só pelo regresso ao crescimento económico, mas também pela valorização do kwanza durante este ano.

"As políticas prudentes das autoridades angolanas contribuíram para fortalecer a estabilidade e a sustentabilidade ao abrigo do programa, apesar das difíceis condições económicas; ajudadas pela recente subida dos preços do petróleo, esta disciplina nas políticas e o compromisso com as reformas também começaram a melhorar o desempenho económico, colocando Angola no caminho da recuperação dos múltiplos choques e da recessão plurianual que sofreu", conclui o FMI.

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