O arguido disse ainda que a carta que continha a proposta com o financiamento para o fundo de garantia ao Estado angolano foi entregue por ele mesmo ao seu pai e completou que a entrega foi feita a pedido do seu amigo Jorge Gaudens Sebastião – que também está a ser julgado neste caso.
A defesa revelou que "Zenu" dos Santos era apenas a ponte de ligação entre o Governo e os promotores, atribuindo a responsabilidade a Valter Filipe, ex-governador do Banco Nacional de Angola (BNA). António Simão, advogado de defesa, afirmou assim que o seu cliente não participou nas decisões que resultaram na transferência de 500 milhões de dólares para o Credit Suisse, em Londres.
O ex-presidente do Fundo Soberano está a ser julgado pelos crimes de branqueamento de capitais e de peculato. José Filomeno dos Santos foi constituído arguido em Março de 2018.
O julgamento deste caso arrancou na passada Segunda-feira, dia 9 de Dezembro.