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Sociedade Mineira de Catoca investe mais de 290 milhões em futura mina de diamantes

A maior empresa diamantífera do país, a Sociedade Mineira de Catoca, vai investir cerca de 294 milhões de dólares nos próximos três anos na futura mina do Luaxe, na província da Lunda Sul, visando recolher amostras, indica fonte oficial.

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Segundo noticia a imprensa, o diretor-geral da Sociedade Mineira de Catoca (SMC), Benedito Paulo, referiu que o início dos trabalhos está previsto para o primeiro semestre de 2019 e que, numa primeira fase, o objetivo é recolher amostras do solo para aferir a qualidade dos diamantes e, consequentemente, definir-se o preço do produto a partir do qual se fará o estudo de viabilidade económico-financeiro e o projeto de exploração.

Segundo Benedito Paulo, desde o início da prospeção mineira preliminar, já foram investidos no Luaxe mais de 110 milhões de dólares.

Após a conclusão da recolha da amostra do grande volume, cujo prazo não foi avançado, poderá ser determinado não só o cronograma de exploração, mas também os recursos humanos e materiais necessários, acrescentando que o trabalho será desenvolvido com a força de trabalho atual da SMC.

Benedito Paulo considerou "promissora" a futura mina do Luaxe, porque o kimberlito descoberto "tem potencial para constar entre os maiores do mundo", contribuindo paralelamente para o aumento das receitas do Estado. "Reafirmamos que, quanto ao Luaxe, estamos no bom caminho e não podemos ter nenhum receio, porque o mesmo é uma certeza", tranquilizou.

A mina de Luaxe, que dista a 25 quilómetros de Catoca, na Lunda Sul, com início de exploração previsto para este ano, terá 100 hectares e incidirá até uma profundidade de 400 metros, podendo vir a produzir 350 milhões de quilates.

Em função dos projetos em curso, Benedito Paulo afirmou que a Catoca tem condições técnicas e humanas para, até 2020, ser a terceira maior empresa de diamantes no mundo.

A empresa tem uma faturação anual acima dos 600 milhões de dólares, acrescentou, sublinhando que, fruto dos investimentos em curso, as receitas poderão aumentar nos próximos anos.

Por outro lado, no âmbito da estratégica da empresa, a SMC devolveu este ano à Empresa Nacional de Diamantes (Endiama) a gestão e exploração de quatro concessões mineiras, porque o potencial mineiro não era atrativo.

Tratam-se das concessões do Gango, Vulege, Quitúbia e o kimberlito do Tchiuso, onde a empresa investiu, até ao momento, mais de 50 milhões de dólares.

Segundo Benedito Paulo, relativamente ao kimberlito do Tchiuso, apesar de ser viável do ponto de vista económico-financeiro, as margens de risco para a exploração são maiores, pelo que se optou pela devolução à Endiama. As restantes três concessões, indicou que não se enquadram nos critérios de elegibilidade da SMC.

O director-geral da SMC indicou também que a empresa está já a adequar-se ao definido no decreto presidencial de 19 de Junho último, que colocou um ponto final na venda obrigatória dos diamantes a clientes preferenciais, bem como ao novo modelo e regulamentos de comercialização aprovado em Conselho de Ministros.

Para tal, vai desenvolver competências, estruturas e capacidades para comercializar livremente 60 por cento da sua produção, centralizar os esforços na redução de custos, através da melhoria operacional, dos mais diversos processos, tornando a SMC "mais eficiente em termos de produção".

A Sociedade Mineira de Catoca é constituída por capitais angolanos e estrangeiros, cuja sua composição societária compreende a participação da Endiama (Angola) e a Alrosa (Russa), ambas com 41 por cento, e a constituída pela Endiama (Angola), Alrosa (Rússia), Lev Leviev International - LLI (China), com 18 por cento.

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