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Angola só produz seis por cento do arroz que consome

O país está a consumir uma média anual de 400 mil toneladas de arroz, produzindo apenas 25 mil toneladas, correspondentes a seis por cento do total, importando o restante cereal, indicou o director nacional da Agricultura do país.

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José Carlos Bettencourt, que falava em Luanda num fórum sobre agronegócios, salientou que também a soja está nas mesmas circunstâncias: Angola produz apenas 30 mil toneladas, para necessidades estimadas entre 220 e 230 mil toneladas por ano.

Para reverter o quadro, Angola, "que possui boas condições climáticas, enormes quantidades de água e extensões de terras aráveis", precisa "apenas de investidores" nos mais diversos segmentos agrícolas, sublinhou José Carlos Bettencourt, realçando, a título de exemplo, que o diferencial entre o arroz produzido e o que se consome no país "constitui uma boa oportunidade de negócios para quem queira investir".

Sobre os subsídios para o sector agrícola, o director nacional da Agricultura indicou que, em breve, sairá um diploma sobre o montante a subsidiar os agricultores e empresários.

"É necessário resolver-se a problemática do crédito à agricultura, pois o Estado não pode bonificar os subsídios a todos os produtos, mas apenas as culturas prioritárias para a produção interna e para a exportação", argumentou.

José Carlos Bettencourt indicou que quem irá beneficiar de subsídios são os agricultores e empresas que "apostem forte" na produção, sobretudo de sementes e de outros insumos agrícolas.

Por outro lado, adiantou que Angola gasta anualmente 66 milhões de dólares na importação de frangos, valor que representa um decréscimo significativo face aos dados divulgados pelo Ministério da Agricultura em 2016.

Nesse ano, os dados indicaram que Angola gastou divisas calculadas em 450 milhões de dólares na importação de 360 mil toneladas de frangos.

José Carlos Bettencourt, que falou de forma sumária sobre o assunto, não precisou qual a produção interna de frango, mas, à semelhança do que o antigo titular da pasta da Agricultura, Afonso Pedro Canga, disse em 2016, o director nacional apelou ao aumento do investimento privado nesta vertente para se reduzir as importações de carne.

O fórum sobre Agronegócios Angola/Itália foi promovido pela Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações, em parceria com a Agência Italiana de Comércio, tendo contado com a participação de várias empresas angolanas e sete italianas ligadas ao sector.

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