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Indaqua compra 55 por cento do capital da angolana Vista Water à Mota-Engil

A portuguesa Indaqua comprou 55 por cento do capital da sociedade angolana Vista Water à Mota-Engil, passando a deter todo o capital da empresa, de acordo com um comunicado divulgado.

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Este negócio faz parte da estratégia da entidade para Angola, um “país que detém a segunda taxa mais baixa de cobertura do mundo e onde a empresa pretende ter um papel activo e decisivo na inversão desta tendência”, referiu a Indaqua. 

A Vista Water foi criada em 2009 e tem como objetivo a consultoria e assistência técnica nas áreas dos serviços de gestão de abastecimento de água e recolha de águas residuais. 

Neste momento, detalhou a Indaqua, a sociedade dedica-se em grande parte a dois projectos, “com a Direção Nacional de água em Sumbe (valor a rondar os 3,5 milhões de dólares) e outro na província do Bié (valor a rondar os 6 milhões de dólares) que assegura o abastecimento a mais de 350 mil habitantes”, de acordo com a informação. 

No caso de Sumbe, o contrato, que foi celebrado com a agência governamental DNA, do Ministério da Energia e Águas, tem como objectivo “a exploração e gestão de todas as infra-estruturas de abastecimento de água da cidade”, incluindo uma estação de tratamento de águas, seis reservatórios, uma rede de distribuição com 6000 ligações e 210 fontes, referia a empresa em comunicado, em 2017.

A Vista Water propõe-se, até ao final do prazo do contrato, aumentar o tempo de distribuição de água para os 90 por cento e assim como estabelecer relações comerciais com os moradores das cerca de 6000 habitações que estão ligadas à rede de abastecimento.

A empresa trabalha com sistemas de abastecimento de água urbanos e rurais, desenvolvendo projectos em 11 das 18 províncias do território nacional. 

Citado no mesmo comunicado, Enrique Castiblanques, CEO da Indaqua, explicou que “é o conhecimento especializado e a profunda experiência que temos no sector da água em Portugal e Angola que, claramente, está a sustentar a nossa expansão internacional e esta aquisição só é possível graças a esses recursos”.

O líder da empresa disse ainda que o grupo quer “participar e contribuir de forma efetiva para o desenvolvimento de Angola, melhorando os níveis acessibilidade à água potável, num país que apresenta actualmente a segunda taxa mais baixa de cobertura do mundo", uma aposta que reflete o seu "compromisso com Angola". 

A Mota-Engil vendeu, em 2016, a sua participação de 50,06 por cento na Indaqua à empresa Miya Water Portugal, por 60 milhões de euros.

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