Ver Angola

Política

Coligação CASA-CE passa a partido e quer um milhão de militantes em 2015

A Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE) pretende atingir este ano um milhão de militantes inscritos, anunciou hoje o seu líder, garantindo que no país já não existem espaços cativos de qualquer organização política.

Paulo Novais:

Abel Chivukuvuku, que falava à imprensa, à margem da III reunião ordinária do Conselho Deliberativo Nacional, acrescentou que essa meta se insere no processo, em curso, de transformar aquela coligação em partido político.

A reunião decorreu até sábado, em Luanda, e vai serviu para fazer o levantamento da situação actual do partido e encontrar estratégias para a segunda maior força da oposição angolana "contribuir decisivamente na melhoria da situação do processo democrático de Angola, do Estado de Direito e da condição social do cidadão".

Sobre o processo de transformação da coligação eleitoral em partido, Abel Chivukuvuku disse que está cumprida a primeira fase, com a realização dos congressos pelas quatro formações políticas que compõem a CASA-CE, seguindo-se agora a fase de harmonização interna. "E em Abril do próximo ano vamos fazer o congresso de transformação e após isso remeter o requerimento de transformação ao Tribunal Constitucional", avançou o líder da coligação.

De acordo com Abel Chivukuvuku, a estratégia política utilizada pela coligação, com visitas quinzenais ao interior do país e semanais na capital angolana, estão a "confirmar que a CASA-CE é o partido mais dinâmico, criativo e mais próximo do cidadão", bem como que neste momento é a organização política que mais cresce.

"Não tenhamos dúvidas, e eu pessoalmente não tenho, porque tenho palmilhado o país de lés-a-lés, e constatado, todos os dias, a enorme confiança e esperança que os angolanos depositam na CASA-CE", afirmou, no discurso de abertura da reunião.

Numa análise sobre a situação política do país, o líder da CASA-CE teceu críticas à governação e liderança de Angola, considerando que o " regime que governa Angola, há 39 anos, está completamente à deriva e sem norte", reiterando que a mensagem sobre o estado da nação não transmitiu confiança, fé, nem esperança aos cidadãos.

"Com todo este quadro, somos mais uma vez obrigados a chegar à conclusão de que o actual regime já não tem capacidade de produzir políticas públicas inovadoras e positivas", frisou.

A CASA-CE, a junção do Partido de Aliança de Maioria Angolana (PALMA), o Partido Pacífico Angolano (PPA), o Partido Nacional de Salvação de Angola (PNSA) e o PADDA - Aliança Patriótica, tem três anos de existência, e nas primeiras eleições gerais que participou em 2012 conseguiu eleger oito deputados.

Permita anúncios no nosso site

×

Parece que está a utilizar um bloqueador de anúncios
Utilizamos a publicidade para podermos oferecer-lhe notícias diariamente.