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Delegação da União Europeia aborda em Luanda relações com Angola

O chefe da divisão para África Austral da União Europeia (UE) foi esta terça-feira recebido, em Luanda, pelo líder da UNITA, maior partido da oposição angolana, com o qual abordou a situação política, económica e social em Angola.

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Angel Carro está em Luanda a convite da Fundação Eduardo dos Santos (FESA) para participar num seminário sobre a integração regional e durante a sua estada vai manter encontros com representantes do Governo angolano, de partidos políticos, da sociedade civil, embaixadores da UE e de organizações internacionais.

No final do encontro, em declarações à imprensa, o chefe da delegação da UE em Angola, Gordon Kricke, disse que Angel Carro prevê abordar nesses encontros a cooperação e as relações políticas com Angola, bem como a situação em geral do país.

"A UE tem um vasto programa de cooperação com Angola e continuamos com isso. Entramos numa nova fase da cooperação, falamos sobre isso, dos projectos que temos e sobre a importância da parceria comercial com os países membros", disse Gordon Kricke.

O representante em Angola da UE frisou ainda que as empresas europeias têm investimentos importantes em Angola e que, em geral, em África, a UE é o mais importante investidor.

"Falámos sobre a situação em geral e a UNITA nos explicou o seu ponto de vista da situação política, económica e social aqui em Angola", acrescentou.

O chefe de divisão para a África Austral, que termina quinta-feira a visita, tem ainda agendadas reuniões com representantes do Governo, nomeadamente a ministra da Indústria e com outros partidos políticos.

Por sua vez, o líder da UNITA, Isaías Samakuva, disse que destacou na reunião aspectos sobre o processo político angolano, mais concretamente a realização de eleições gerais e possivelmente de eleições autárquicas.

"Falámos também da economia, da situação que se vive no país com a baixa do preço do petróleo, que também está a causar vários constrangimentos para a vida económica do país. Quem fala disso fala de certo modo da situação social que o país tem conhecido", disse Isaías Samakuva, para quem a reunião foi "bastante positiva e muito útil".

Segundo o líder da UNITA, a questão dos direitos humanos e a necessidade de diálogo para o país foram também levantadas.

"Levantámos a necessidade do diálogo, pensamos que o país precisa de dialogar, há vários sectores sociedade angolana e ao fim ao cabo o que nós temos presenciado é que tem faltado este diálogo. Há cidadãos, organizações, que podem ajudar a resolver problemas que o país vive, mas que nem sempre têm uma opinião que é escutada, de um lado", frisou.

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