De acordo com informação da embaixada de França em Luanda, a fragata "Germinal" chegou ao porto da capital angolana na sexta-feira, permanecendo em águas nacionais até 24 de Setembro.
"Nesta ocasião, serão realizadas acções de cooperação bilateral conjuntamente com a Marinha de Guerra de Angola, face ao surgimento de actividades de pirataria no Golfo da Guiné", explica a embaixada francesa sobre a visita deste navio de guerra, com 97 metros de comprimento e uma guarnição de 100 elementos.
O navio integra a missão "Corymbe", uma das operações que as Forças Armadas de França têm em curso na região do Golfo da Guiné e que complementa o dispositivo militar francês "preposicionado na África ocidental".
A região do Golfo da Guiné é afectada por fenómenos de pirataria e de tráfico de droga, de armas e de seres humanos, e é utilizada por grupos terroristas subsaarianos, que se misturam com imigrantes ilegais para alcançar a Europa, nomeadamente através do corredor da Líbia.
Em causa está ainda a ameaça à actividade de produção de petróleo que vários países africanos desenvolvem no ‘offshore' do Atlântico.
A presença desta fragata em águas costeiras africanas, onde França detém vários interesses, serve ainda para "realizar acções de cooperação bilaterais" com os países da região, na "luta contra o tráfico e a pirataria", explica a diplomacia francesa.
A presença deste navio em águas angolanas acontece pouco antes da Conferência Internacional sobre Segurança Marítima e Energética, que deverá reunir de 07 a 09 de Outubro, em Luanda, cerca de 300 especialistas e governantes.
No final produzirá uma declaração internacional sobre o combate à pirataria, nomeadamente no Golfo da Guiné, anunciou a diplomacia angolana, no início de Setembro.