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Paulo Portas: Portugal não vai “dar de bandeja” lugar que pode ocupar em Angola

O vice-primeiro ministro português, Paulo Portas, avisou hoje que Portugal não está disposto a "dar de bandeja" o lugar que pode ocupar em Angola, justificando a importância da diplomacia económica no actual contexto internacional, focado no nosso país.

Público:

O governante português discursava na abertura do dia de Portugal na Feira Internacional de Luanda (Filda), em que a representação portuguesa é a maior (95) entre 40 países, mas com a Itália a reforçar a presença, com cerca de 70 empresas expositoras.

Neste contexto, Paulo Portas lembrou que a "competição é aberta" e que todos os países "procuram fazer diplomacia económica e procuram compreender a importância de Angola".

"Mas é bom que toda a gente perceba que o lugar que Portugal não ocupar em Angola será ocupado por outros. E nós não estamos aqui para, de bandeja, dar a outros o lugar que nós sabemos ocupar", enfatizou Portas, reiterando a necessidade de os investidores nacionais também manterem os interesses portugueses.

Perante várias dezenas de convidados, num pavilhão inteiramente dedicado aos expositores portugueses na Filda, o vice-primeiro-ministro reiterou que é necessário "perceber" que "nas relações internacionais modernas a força económica é tao ou mais importe do que outras".

"Nunca a diplomacia dependeu tanto da economia como nos dias de hoje", reforçou.

Para explicar a presença em Angola - pela quarta vez consecutiva na Filda -, acrescentou que Portugal não é o único país "a fazer coincidir visitas políticas com missões económicas".

"Costumo dizer que no meu calendário anual há o dia do pai, o dia da mãe, o dia de Nossa Senhora e o dia da Filda", ironizou.

A Filda é a maior feira intersectorial de Angola e decorre até domingo, reunindo 800 expositores de 40 países.

"É preciso que todos percebam que o Governo está ao lado das nossas empresas, porque senão perceberem, outros governos estarão ao lado das suas empresas", disse ainda Portas, insistindo que Portugal deve dizer "presente" a Angola, numa altura de crise neste país.

Mais 9.400 empresas portuguesas exportaram para Angola em 2014, mas a crise económica decorrente da quebra das receitas fiscais angolanas com o petróleo fez reduzir as exportações portuguesas para este país em mais de 20 por cento entre Janeiro e Maio deste ano.

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