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Archer Mangueira com “optimismo e esperança” no reajustamento do sector financeiro em 2017

O ministro das Finanças defendeu como desafio para 2017 um reajustamento do sector financeiro, num ano que classificou como de "optimismo e esperança", mas prometendo realismo.

O Pais:

Archer Mangueira discursava na tradicional cerimónia de cumprimentos de fim-de-ano, salientando que em 2017 vão ser adoptadas medidas políticas que vão gerar prosperidade na economia angolana.

O governante sublinhou que se há alguns anos Angola vivia com um Orçamento Geral do Estado com receitas de cinco biliões de kwanzas, agora são necessários ajustes a um novo patamar, em que se passará a "viver com receitas muito inferiores".

"Temos de nos ajustar a um novo normal. Pode parecer-nos a todos que é uma abordagem muito fria. Mas é essa a realidade", disse, acrescentando que "nada de sustentável se constrói sem estarmos ancorados na realidade".

"Temos que saber viver com a receita que temos hoje e não continuar, digamos assim, a sonhar com as receitas de que dispusemos ontem. Definitivamente temos um novo normal", disse.

O titular da pasta das Finanças enumerou alguns desafios para 2017, ano em que, reiterou, os angolanos terão que "saber viver na nova normalidade".

Segundo Archer Mangueira, em 2017, o Ministério das Finanças vai contribuir para a correcção dos desequilíbrios macroeconómicos e para melhorar a coordenação da política fiscal e da política monetária, focar na melhoria da qualidade da despesa, na racionalização dos gastos públicos, na melhoria da eficiência e da eficácia do investimento público.

"Vamos aprimorar a monitorização da execução física e financeira dos projectos garantidos com financiamento externo, garantido ou não com petróleo, vamos continuar com a reforma tributária, prosseguir na melhoria da arrecadação de receita, no alargamento da base tributária, no combate à fuga e evasão fiscal e, também, na melhoria dos serviços prestados aos contribuintes, de que queremos estar cada vez mais próximo", disse.

Um dos desafios do próximo ano será também a continuação do esforço de reforma do sistema financeiro, procedendo ao saneamento e à reestruturação dos bancos e das instituições financeiras públicas", avançou o ministro.

A supervisão do mercado de capitais, o aprofundamento do mercado secundário de dívida pública, bem como o segmento de seguros, onde procurará arrancar definitivamente com o resseguro nacional, a contenção dos atrasos e o aprimoramento da gestão da dívida pública são igualmente outras tarefas a serem desempenhadas no próximo ano.

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