De acordo com Elisa Gaspar, coordenadora do banco, que comemora este mês três anos desde a sua implantação, neste período foram assistidas cerca de 1067 mães e 1124 crianças. A responsável avançou ainda que estão inscritas neste banco de leite materno pasteurizado cerca de 1800 mulheres, sendo 70 por cento das dadoras mães externas e 30 por cento internas.
No passado mês de Setembro foram doados 18 litros de leite ao berçário. "O leite ainda é insuficiente, mas é de agradecer às mães que nos doam leite e o nosso objectivo é dar resposta às necessidades dos bebés de Luanda", referiu a responsável, citada pela Angop.
Entre parturientes internadas e voluntárias, contam-se 700 mulheres bombeiras entre as dadoras deste banco.
A coordenadora salientou ainda que foram formados 25 profissionais no BLH, que actualmente conta apenas com quatro colaboradores permanentes, aguardando a integração dos restantes através de concurso.
O projecto não se quer ficar só pela capital, sendo objectivo implementar um banco de leite humano em cada província do país.
Já a directora-geral da Maternidade Lucrécia Paim, Lígia Alves, afirmou que a implementação dos bancos de leite representa uma mais valia para o país, podendo melhorar os cuidados nutricionais e reduzir a mortalidade infantil, em especial no primeiro ano de vida.
"É com grande satisfação que o hospital acolhe este serviço especializado, cuja finalidade é ampliar as chances dos bebés prematuros internados em UTI Neonatal em aumentarem o peso, proporcionando-lhes um desenvolvimento mais saudável por toda a vida", afirmou, citada pela mesma agência.
A directora explicou ainda que o BLH é responsável não só pela promoção do alimento materno, mas também pela execução de actividades como a colecta, processamento e controlo de qualidade do leite fornecido.