António Henriques da Silva falava à margem do evento "The Angolan Development Roundtable", promovido pelo The Business Year e destacou a melhoria do ambiente de negócios nos últimos anos, sobretudo a partir de 2018, quando foi aprovada a nova lei do investimento privado.
"Nessa altura, tínhamos apenas registados projectos de investimento de sete países. Passados cinco anos já estão em 51, só por aí verificamos o alargamento do interesse em investir em Angola", assinalou o presidente da Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações (Aipex).
Segundo o mesmo responsável, no final de 2018, Angola registava 70 projectos de investimento privado, número que mais do que duplicou no ano seguinte para 168.
Seguiu-se o "período critico" da covid-19, com 106 intenções em 2020, e outras 100 em 2021.
Até Outubro deste ano, Angola registou 91 projectos "e o ano ainda não terminou", afirmou com optimismo o presidente da Aipex.
"Quer dizer que começamos a sentir que se está a sair da crise provocada pela pandemia e que há consistência nas melhorias que tem estado a ser introduzidas e na confiança que deve ser transmitida aos investidores", salientou.
Um resultado que se deve também às acções de diplomacia económica desenvolvidas pelo Presidente, que ajudaram a melhorar a imagem do país no que toca ao ambiente de negócios e praticas de corrupção, nepotismo e burocracia, considerou.
"Achamos que vai continuar e precisamos agora de ganhar escala. Se o somatório dos projectos nos leva até Outubro deste ano a 535 projectos de investimento num total de quase 2800 milhões de dólares, ainda temos muito espaço de progressão e achamos que devemos continuar com consistência nas nossas acções", continuou.
O objectivo é a implementação de projectos "que possam ajudar a reduzir as assimetrias regionais", sublinhou, acrescentando que as áreas de investimento são diversificadas e passam por agricultura e pescas, serviços e indústria, que representa 217 projectos, cerca de 40 por cento do total.