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Importação de carros cresceu acentuadamente no ano passado. China lidera lista de fornecedores para o país

A importação de carros cresceu substancialmente no ano passado, com a China a ganhar terreno neste domínio e a passar a ocupar o número um da lista de fornecedores para o país. Dos mais de 17 mil carros importados em 2021, cerca de 26 por cento tiveram origem da China.

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As importações de carros em 2021 sofreram um aumento de mais de 100 por cento comparativamente ao ano anterior.

De acordo com cálculos do Expansão, baseados em dados da Agência Reguladora de Certificação de Carga e Logística de Angola (ARCCLA), no ano passado um total de 17.342 veículos, tanto novos como usados, foram importados – crescimento de cerca de 134 por cento comparativamente ao ano anterior (importados 7400 carros) –, dos quais cerca de 26 por cento (4517 viaturas) tiveram origem da China.

Por sua vez, nos primeiros seis meses de 2022 o número de carros provenientes do país asiático situou-se nos cerca de 21 por cento, ou seja, do total de 14.029 carros, 2980 vieram da China, escreve o Expansão.

Segundo o mesmo jornal, acredita-se que as importações este ano venham a ser melhores que o ano passado, uma vez que no primeiro semestre de 2022 já chegaram a solo nacional cerca de 78 por cento do número total de veículos que chegaram no ano passado ao país.

Segundo números da ARCCLA avançados pelo Expansão, a primeira posição da lista de maiores importadores no ano passado era ocupada pela Chinangol (3218 carros), seguida pela Sicomex (1979 carros) e pela Sogepower (952 carros).

Por sua vez, nos primeiros seis meses deste ano, o primeiro lugar da lista pertence à Sicomex (2431 carros), seguindo-se a Chinangol com 1350 caros e a Sogepower com 1035 carros.

Segundo o Expansão, o crescimento da popularidade do país asiático espelha que os consumidores nacionais têm procurado cada vez mais por carros com valores mais baratos do que os aplicados pelas marcas tradicionais, que, segundo o mesmo jornal, argumentam que a qualidade dos carros da China é menor.

"O mercado automóvel angolano chegou a níveis muito baixos nas importações e a cerca de cinco por cento nas vendas de 2014. Pelo que tudo indica, iniciou-se um ciclo de recuperação em 2021 e esperamos que este ano seja muito melhor nas importações e nas vendas", referiu uma fonte da Associação dos Concessionários de Equipamentos de Transporte Rodoviário e Outros (ACETRO) que, citada pelo Expansão, acrescentou que relativamente às importações de viaturas da China ainda há "muitas zonas cinzentas no negócio praticado".

Para este ano, a ACETRO estima que sejam vendidos quase 5000 veículos (4530 viaturas novas de várias categorias), traduzindo-se num aumento de 17 por cento face ao ano passado.

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