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Exportações e importações entre Angola e Portugal cresceram cerca de 50 por cento em 2022

O secretário de Estado para a Economia português disse na Terça-feira que as importações e exportações entre Angola e Portugal atingiram este ano um crescimento de cerca de 50 por cento face ao ano anterior, admitindo “reforço contínuo” da cooperação.

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João Neves, que se encontra em Luanda em visita de trabalho, assinalou a recuperação da colaboração económica entre Angola e Portugal neste ano, depois de dois anos considerados muito difíceis, devido à pandemia.

"Este ano está a ser marcado por um forte crescimento das relações. Temos quer do lado das importações quer do lado das exportações um crescimento de cerca de 50 por cento face ao ano anterior e a perspectiva que temos é de continuar a reforçar a colaboração entre os dois países e as empresas de ambos", afirmou o governante português.

Em declarações após inaugurar e visitar as novas instalações do grupo ISQ APAVE em Luanda, João Neves disse que está em Angola em busca de soluções para que a colaboração entre Angola e Portugal, sobretudo no ramo económico, seja "mais intensa".

"Esta é uma visita de trabalho, teremos com certeza oportunidades (para assinar acordos), em função do trabalho que vamos realizar a partir de agora e ter ao longo do próximo ano acordos firmados em diferentes áreas", frisou em declarações à Lusa.

Portugal "quer muito reforçar os instrumentos de qualificação profissional em Angola em função dos objectivos de investimento que as empresas portuguesas possam ter no país".

"E temos com certeza muitos investimentos que as empresas estão a ponderar em diferentes áreas para que este processo de qualificação profissional tenha concretização efectiva", salientou.

Mais de quatro mil empresas portuguesas exportam produtos e serviços para Angola e têm as "preocupações naturais" de um mercado com características diferentes do mercado europeu, frisou o secretário de Estado português.

"Temos de lidar com aquilo que é o ambiente económico e a perspectiva é encontrar soluções para os problemas que existem. Foi esse o sentimento que encontrei nas conversas com as empresas portuguesas que aqui estão", realçou.

Para o governante português, as preocupações das empresas portuguesas em Angola são ultrapassáveis, perspectivando para os próximos anos uma forte recuperação do seu nível de actividade no mercado angolano.

Empresas portuguesas deverão igualmente apostar, nos próximos anos, em áreas que "eventualmente não foram ainda objecto de colaboração, como o sector de têxtil, vestuário e calçado" e encontrar soluções para as necessidades que Angola tem no mercado interno, apontou.

"Temos um programa de trabalho que nos vai permitir com certeza aumentar a colaboração nesta área (da indústria têxtil e calçado) que ainda é muito limitada", assinalou.

"Percebemos as necessidades de Angola, percebemos os objectivos do Governo, dos investimentos que estão a ser feitos e o que desejamos é colaborar nesse processo e pôr à disposição de Angola aquilo que é uma experiência muito forte destes sectores em Portugal que são dos mais competitivos no mundo", notou João Neves.

O secretário de Estado da Economia de Portugal visitou e inaugurou esta Terça-feira as novas instalações do grupo ISQ APAVE em Luanda, localizada na rua Kima Kienda, bairro Boavista, distrito urbano da Ingombota.

ISQ é uma empresa de matriz portuguesa que opera há 20 anos em Angola em parceria do a francesa APAVE na prestação de serviços no sector do gás e petróleo e agro-industrial angolano.

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