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Falta de condições para venda ambulante na Fidel Castro coloca em perigo peões e vendedores

A falta de condições para a venda ambulante na Avenida Fidel Castro está a colocar em perigo os peões, condutores e vendedores que por ali passam. Contudo, os perigos parecem não ser suficientes para demover os vendedores, que justificam o recurso à venda ambulante naquela avenida com a falta de empregos.

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Segundo a Angop, a situação de desordem nos passeios e bermas daquela avenida, situada nos municípios de Belas e Talatona, tem-se verificado com maior incidência na zona do antigo controlo, em ambos os sentidos, com a ligação à Estada Nacional 100.

Independentemente da presença da polícia naquela zona e da constante passagem de carros, que ameaçam a segurança dos cidadãos, a venda continua a ser feita nos passeios e bermas, especialmente a partir das 16h00, prolongando-se até ao cair da noite.

Com mais mulheres presentes, a venda ambulante desordenada não só tem colocado em perigo os peões e vendedores como também os condutores, que têm de enfrentar o congestionamento que esta actividade origina.

Contudo, os perigos parecem não ser suficientes para demover os vendedores que ali se instalam. Os cidadãos, citados pela Angop, justificam o recurso à venda ambulante naquela avenida com a falta de empregos.

"O Governo diz para as pessoas não venderem nas ruas, mas não há mercados, não há emprego, temos famílias para sustentar", afirmam.

À Angop, as vendedoras disseram que o fim do dia é a altura mais calma para fazerem a venda e que o número de clientes nessa altura também aumenta. Outros queixaram-se da escassez de espaços em certos mercados e afirmam que as vendas nos sítios assinalados pelas administrações não são rentáveis, por isso, optam por vender os seus bens nas ruas.

Os moradores daquela zona têm-se mostrado inquietados com a situação. É o caso de Manuel Ferreira que diz que às vezes "há dificuldades de entrar com as viaturas no interior do bairro porque há entradas bloqueadas pelos vendedores".

Por sua vez Carla Gouveia, que mora em Benfica, pediu o regresso da fiscalização do espaço para que a mobilidade normal seja reposta. Enquanto Antunes da Costa, taxista, afirmou não entender o porquê de os fiscais permitirem que os vendedores ocupem os passeios e bermas.

Miguel de Almeida, administrador de Belas, também se mostrou inquietado com o cenário e afirmou que vai ser concretizada uma campanha para retirar este 'mercado' das ruas da avenida.

"A venda ambulante não é proibida na lei, mas deve ser exercida com normas e disciplina, (...) os passeios são para peões e a venda deve ser feita em locais apropriados com boas condições", afirmou, citado pela Angop.

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