"Acreditamos no país e estamos aqui para ficar muitos anos", disse à Lusa Alexander Gorlov, em Saurimo (Lunda Sul), onde prossegue a 1.ª conferência internacional de diamantes (AIDC, na sigla inglesa).
"Estamos aqui há muitos anos o que demonstra o nacional de Angola como um destino de investimento, estamos em Catoca [a principal mina angolana, responsável por mais de 80 por cento da produção de diamantes], temos um projecto de exploração com a Endiama e estamos a investir em novas áreas, em novos depósitos potenciais", assinalou.
Entre estes está o chamado projecto de Luaxe (Catoca, leste do país) que se encontra nas últimas fases exploratórias e deve ser lançado em breve, tratando-se do maior depósito potencial em Angola actualmente.
Alexander Gorlov saudou ainda a entrada de outras multinacionais, como a Rio Tinto, que tal como a Alrosa poderão dar um grande impulso à produção diamantífera.
"Vemos os nossos colegas a trabalhar aqui e isso é positivo, é um bom sinal, significa que as empresas veem aqui potencial, o investimento está a chegar", declarou à Lusa.
O responsável da Alrosa considerou também que os passos que o executivo tem dado a nível de reestruturação do sector são positivos, entre os quais as alterações na comercialização, agora feita "com mais transparência e melhor rendimento para os produtores" e a separação das funções de regulação da produção e exploração.
Questionado sobre os valores do investimento da Alrosa no país, disse ainda que os números estão ainda a ser trabalhados, pois tem vindo a ser feito de forma faseada.
"Começámos o processo geológico em 2014, mas o investimento em Luaxe já vem desde 2012 e agora tem sido intensificado", indicou, sem avançar quando poderá ter início a fase de produção. "Logo que seja concluída a fase de exploração e quando o estudo de viabilidade for concluído, aí poderemos dizer", adiantou.