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Zâmbia considera construção de oleoduto com Angola como “absoluta prioridade”

A Zâmbia considerou como “absoluta prioridade” a construção de um oleoduto que ligue os dois países. Num encontro com o embaixador de Angola na Zâmbia, o ministro da Energia da Zâmbia, Chibwe Capala, manifestou a intenção do governo zambiano em trabalhar “intensamente” para que o oleoduto se torne numa realidade.

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Uma nota disponibilizada no site da embaixada angolana naquele país refere que o executivo da Zâmbia "reputa de 'absoluta prioridade', a retoma das discussões técnicas, com Angola, visando o estabelecimento de um acordo definitivo, que viabilize a construção de um oleoduto, ligando os dois países".

A intenção foi manifestada pelo ministro da Energia zambiano durante uma audiência concedida a Azevedo Francisco, embaixador angolano naquele país.

Além disso, o governante zambiano também referiu que o seu governo pretende trabalhar "intensamente" para que a ideia do oleoduto passe do papel para a "realidade".

Segundo o comunicado, o ministro da Energia da Zâmbia também referiu a Azevedo Francisco que "ainda esta semana, voltaria a sentar-se com o diplomata angolano, desta feita, com a presença dos operadores privados, seleccionados pelo seu Governo, no quadro da estratégia para a construção do oleoduto".

A construção do oleoduto, que permita transportar combustível e gás de Angola para a Zâmbia, "é a grande esperança do país vizinho em equilibrar os preços destes dois itens fundamentais da sua economia".

Chibwe Capala recordou que o seu país compra os derivados de petróleo a mercados asiáticos, admitindo que o "primeiro impacto do oleoduto será a redução dos custos destes produtos".

Por sua vez, o diplomata angolano apresentou um balanço sobre a implementação dos diversos acordos oficiais firmados entre os dois países no sector da Energia e apelou à concretização dos mesmos.

Também realçou o interesse de Angola em ver realizada a ideia do oleoduto, "devendo ser marcada, para breve, uma reunião do grupo técnico, para relançar as negociações".

Ainda pouco se sabe do projecto, no entanto estima-se que o projecto esteja orçado em cerca de cinco mil milhões de dólares e que tenha como ponto de partida o Porto do Lobito: "Um orçamento preliminar para a construção do oleoduto, tendo como ponto de origem, em Angola, o Porto do Lobito, indica valores a rondar a casa dos cinco mil milhões de dólares", indica a nota.

Relativamente ao orçamento, especialistas dizem que esta quantia "representa apenas uma cifra indicativa, uma vez que estudos técnicos definitivos não foram, ainda concluídos".

Além do oleoduto, os dois países também querem "interconectas as redes eléctricas das regiões Leste e Oeste de Angola e Zâmbia".

De acordo com o comunicado, o projecto "envolve o fornecimento de energia elétrica da Zâmbia para Angola, numa altura em que, de acordo com o Ministro de Energia da Zâmbia, o seu país está a produzir energia, além da sua capacidade de consumo".

A Smart Energy, uma empresa de direito zambiano, lidera a iniciativa que pretende electrificar as várias regiões do leste de Angola.

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