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Organização da Bienal de Luanda diz ter “gestão parcimoniosa” de verbas, mas não revela orçamento

O coordenador do Comité Nacional de Gestão da Bienal de Luanda disse esta Segunda-feira que o orçamento do certame, que decorre de 27 a 30 deste mês, “não constitui segredo para ninguém”, mas, sem relevar o montante, assegurou “gestão parcimoniosa”.

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Segundo Sita José, que falava esta Segunda-feira em conferência de imprensa sobre os preparativos da segunda edição da Bienal de Luanda – Fórum Pan-Africano para a Cultura de Paz –, orçamento do evento, "ao contrário da primeira edição, não é segredo para ninguém".

"A Assembleia Nacional aprovou em Janeiro de 2021 uma linha de afectação orçamental que disponibiliza um "plafond" orçamental", afirmou esta Segunda-feira o coordenador, quando questionado pela Lusa, sem, no entanto, anunciar o montante.

"Mas dizer que até a presente data, toda a despesa que nós fizemos tiveram simplesmente em conta com os gastos para o funcionamento do secretariado permanente, seu equipamento, alguns compromissos contratuais para a acessória e estamos num terço deste orçamento", realçou.

A segunda edição da Bienal de Luanda é um evento internacional organizado conjuntamente pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO, na sigla inglesa), União Africana (UA) e o Governo de Angola entre 27 e 30 de Novembro em formato híbrido.

"Arte, Cultura, Património: Alavancas para a África que Queremos" é o lema central desta Bienal que deve congregar mais de 100 jovens líderes de toda a África em espaços de reflexão, exposição, difusão de criações artísticas, boas práticas, ideias e saberes relacionados com a cultura de paz.

O embaixador e coordenador da Bienal de Luanda referiu também que a organização do evento "está muito a vontade a desenvolver as actividades com uma gestão parcimoniosa das verbas que nos foram cabimentados".

"O que vai ocorrer neste momento, em que assinamos compromissos com os realizadores dos eventos, é que nesta recta final é que teremos de facto algumas despesas relativamente concentradas, mas mesmo assim estaremos ainda muito abaixo dos valores aprovados pela Assembleia Nacional", frisou.

Diálogo Intergeracional entre Líderes e Jovens, Festival de Culturas e Lançamento da Aliança de Parceiros por uma Cultura de Paz constituem alguns dos eixos desta Bienal, cujo acto oficial de abertura deve contar com presença de vários estadistas e/ou representantes de África e de outros continentes.

A organização confirmou esta Segunda-feira as presenças do presidente da União Africana, Moussa Faki Mahamat, do director geral adjunto da UNESCO, do subdirector geral da UNESCO para a África, da vice-presidente da Costa Rica, Moçambique, África do Sul, Quénia e Togo.

O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, tem prevista uma deslocação a Luanda para participar nesta Bienal de Luanda "cuja confirmação efectiva deve acontecer ainda na Terça-feira", como disse esta Segunda-feira à Lusa Sita José.

Os estadistas e ministros presentes, na cerimónia de abertura, "deverão participar num painel de diálogo intergeracional com os jovens presentes na Bienal", realçou o responsável.

Por seu lado, o coordenador internacional da Bienal de Luanda, Vicenzo Fazzino, enalteceu a realização da segunda edição do certame, assinalando que, na sequência da Bienal, deverá ser construído um "roteiro de implementação destas incitativas emblemáticas".

"Encontramos um número de parceiros, já com boas temáticas, com projectos futuros já programados e que também mostraram interesse em trabalhar em conjunto em busca de sinergias para desenvolver projectos dentro das temáticas da Bienal", apontou.

A Bienal de Luanda pretende criar "uma aliança de parceiros empenhados que contribua para a promoção da cultura de paz em África em torno de uma causa comum: o futuro do continente africano".

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