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Governo quer lançar concurso para corredor ferroviário do Lobito este ano

O Governo quer lançar o concurso para a concessão do corredor ferroviário do Lobito até ao final deste ano ou, no limite, em Janeiro de 2021, anunciou esta Segunda-feira o ministro dos Transportes.

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"Se não fosse a pandemia já teríamos lançado o concurso, temos um grupo a trabalhar para lançar ainda este ano ou, no limite, em Janeiro do próximo ano", afirmou Ricardo Viegas d'Abreu, num encontro com jornalistas, na estação ferroviária do Bungo, em Luanda.

O ministro dos Transportes destacou que o concurso para a concessão do corredor do Lobito (que integra o Caminho de Ferro de Benguela) para transporte de mercadorias está a ser preparado e pretende atrair operadores especializados em logística e carga, parceiros que irão assegurar a manutenção e reabilitação das infra-estruturas.

Esta será a primeira aposta que o país vai fazer numa concessão de infra-estruturas e serviços ferroviários que visa o transporte de mercadorias.

"O que faz o retorno do investimento é o transporte de cargas, o de passageiros é praticamente um serviço público", referiu o ministro.

A segunda prioridade, continuou, será o Caminho de Ferro de Luanda (CFL) que "precisa de uma intervenção o mais rápido possível", porque tem ainda um troço da linha "muito crítico" por reabilitar, num total de 215 quilómetros entre Zenza do Itombe (Cuanza Norte) e Cacuso (Malanje), o que obriga a reduzir a velocidade para uma média de 30 quilómetros por hora.

"Está ainda a ser avaliado se este trajecto será reabilitado ou se a linha terá um novo traçado para chegar à província do Malanje", indicou o governante.

"O programa das parceiras público-privadas tem um projecto para lançar o Corredor Norte", afirmou o responsável dos Transportes, realçando que o objectivo é que as três linhas (Benguela, Luanda e Moçâmedes) alcancem os países vizinhos, com intervenção do sector privado.

O envolvimento do sector privado nos investimentos que o Governo quer realizar em infra-estruturas de transportes foi focado por diversas vezes no encontro.

Ricardo Viegas d'Abreu realçou que os privados podem ajudar a resolver alguns problemas do sector dos transportes, cujos investimentos exigem capacidade técnica e financeira significativa.

No caso do metro de superfície previsto para Luanda, através de uma parceria entre o Governo e a Siemens, o objectivo é "acelerar a formalização da parceira público-privada ainda este ano" para que se possa dar início à primeira linha, com 30 quilómetros.

O governante abordou também o aumento da frota rodoviária para mais de 700 autocarros com vista ao reforço dos transportes públicos do país, em articulação com os governos provinciais locais "que são os responsáveis pelo provimento e fiscalização dos transportes colectivos urbanos".

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