Até que o processo seja dado como concluído, os dois generais ficam também sujeitos à medida de coação de termo de identidade e residência e têm de se apresentar periodicamente à PGR, revelou a TV Zimbo, citada pela Angop.
No início do mês passado, a PGR decidiu constituir como arguidos os dois generais. Em meados de Outubro, no âmbito do processo em curso, os generais entregaram vários bens e empresas à PGR. Entre a lista de bens entregues constavam fábricas de cerveja e cimento, uma rede de supermercados e edifícios de habitação que passaram a fazer parte da esfera de património do Estado.
Em causa estão suspeitas de que os dois generais tenham beneficiado de contratos celebrados entre o Estado e o CIF.
Os dois estiveram ligados ao Governo de José Eduardo dos Santos, tendo ocupado cargos de poder. O general "Kopelipa" ocupava o cargo de ministro de Estado e chefe da Casa Civil e "Dino" era o chefe das Comunicações da Casa Civil do Presidente da República. Por gozarem de imunidade, não podem ser presos preventivamente até que seja declarado o despacho de pronúncia.