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Angola vai apresentar relatório sobre recomendações da UNESCO acerca de Mbanza Congo

Angola vai apresentar, pela primeira vez, o relatório sobre a aplicação das recomendações da UNESCO para Mbanza Congo, antiga capital do Reino no Congo, património mundial da humanidade desde 2017, analisado pela comissão do sector.

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O projecto do “Relatório sobre a Implementação das Recomendações da UNESCO para o Sítio de Mbanza Congo: Vestígios da Antiga Capital do Reino no Congo” foi analisado pela Comissão Nacional Multissectorial para a Salvaguarda do Património Cultural Mundial, orientada pelo vice-Presidente da República, Bornito de Sousa.

O documento, a ser remetido ao Presidente João Lourenço, foi elaborado com base no Anexo 13 do Comité do Património Mundial, que determina a apresentação por Angola, enquanto Estado-parte, do relatório sobre a implementação das recomendações do Comité do Património Mundial ao Centro do Património Mundial, até 1 de Dezembro deste ano.

“É a primeira vez que o Estado angolano submete o relatório sobre o estado de conservação do bem, documento dividido em três partes e que espelha o ponto de situação de Mbanza Congo”, refere-se no comunicado distribuído à imprensa.

A primeira parte apresenta as respostas de Angola às recomendações do Comité do Património Mundial, baseadas, essencialmente, na remoção das antenas, desactivação da pista do actual aeroporto, confirmação do funcionamento do sistema de gestão transversal, aprovação do regulamento do plano urbanístico ou elaboração de uma estratégia de gestão do turismo.

A segunda parte expõe os problemas relacionados com a conservação de alguns bens que integram o sítio histórico, designadamente “Kulumbimbi, Yala Nkuwu” e as fontes de água, enquanto a terceira parte aborda questões relativas às novas construções, obras e outras intervenções sobre alguns bens, que podem afectar o valor universal expcecional do sítio.

O documento inclui dados sobre o restauro de três edifícios públicos, nomeadamente dois do governo provincial e o Cine Clube Comandante Bula, incluindo-se ainda quatro edifícios históricos e arqueológicos (Kulumbimbi, Museu dos Reis do Kongo, Casa do Secretário do Rei e o Fortim), bem como o controlo das ravinas à volta do planalto e de quatro fontes de água (Santa, Mandungu, Kilumbu e Ntetembwa).

O restauro de edifícios históricos deve ocorrer num período que vai entre três e cinco anos.

Em 2017, a Comissão de património Mundial da UNESCO declarou o centro histórico da cidade de Mbanza Congo, norte de Angola, como Património Mundial da Humanidade.

Um outro assunto abordado durante a reunião foi a situação dos escombros resultantes dos bombardeamentos sul-africanos a Ondjiva, capital da província do Cunene, em agosto de 1981, tendo sido recomendada a sua classificação, preservação e transformação em lugar de memória, a exemplo de outros monumentos no mundo.

“Os escombros de Ondjiva são um importante marco da solidariedade de Angola à luta histórica e transnacional contra a segregação racial e social (apartheid) do então regime sul-africano”, refere-se na nota.

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