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Saúde

Rede Lusófona contra VIH e hepatites quer combater ideias erradas sobre doença

A nova Rede Lusófona contra o VIH, hepatites virais e tuberculose, que será apresentada na Sexta-feira, quer combater a ideia errada de que o VIH não tem cura, a qual muitas vezes transforma esta doença numa sentença de morte.

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Esta rede pretende ser uma plataforma de organizações de base comunitária do espaço da lusofonia, tendo como objectivo ser “um espaço onde pessoas que vivem com VIH e ativistas poderão trabalhar colaborativamente na elaboração de planos de ação conjuntos, bem como no desenvolvimento de respostas estratégicas eficazes que respeitem os direitos humanos.

Daniel Simões, coordenador da rede, disse à agência Lusa que, entre as prioridades de trabalho identificadas nos países lusófonos que compõem esta plataforma, está o combate à informação incorreta sobre o VIH que ainda hoje circula em todos estes países.

“O VIH é agora muito diferente do que quando estava nas notícias, mas muitas pessoas ainda têm a imagem associada aos anos 80 e 90”, explicou. E adiantou: “Ainda há muito estigma ligado às infecções. A noção de risco e do que é o VIH, de quem são as pessoas com o VIH e de como vivem com o VIH”.

O facto de as pessoas acharem que o VIH é uma sentença de morte, transforma a doença como uma efetiva sentença de morte, tendo em conta que esta ideia afasta os indivíduos dos serviços de saúde e dos tratamentos, disse.

Segundo Daniel Simões, existe trabalho para fazer em todos os países, nomeadamente de troca de experiências.

O activista elege Moçambique e a Guiné-Bissau como os países que merecem uma maior preocupação, tendo em conta a elevada prevalência da infecção.

Em relacção a Moçambique, que tem uma das maiores taxas de infeção do mundo, Daniel Simões defende um consenso em torno de uma resposta que leve em conta a realidade moçambicana.

Sobre a Guiné-Bissau, as maiores preocupações vão para a situação sócio económica que favorece a infecção.

De Timor-Leste e Angola são menos as informações disponíveis, pretendendo a Rede alterar esta situação.

O activista sublinha a importância desta organização, tendo em conta que, “historicamente, os países de língua portuguesa não se têm organizado em plataformas” em torno destas infeções.

A apresentação da rede decorrerá na Assembleia da República e nela estarão presentes representantes de organizações de base comunitária de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

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