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Líder da UNITA pede reforço da coesão interna e trabalho junto da comunidade

O líder da UNITA apelou à nova equipa dirigente do partido que trabalhem junto das comunidades para “ouvir o cidadão, dialogar com ele”, sem esquecer a necessidade de reforçar a coesão interna.

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Adalberto da Costa Júnior discursava na cerimónia de tomada de posse dos 51 novos membros do executivo nacional e provincial e representantes parlamentares da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), depois do XIII congresso ordinário do partido realizado entre 13 e 15 deste mês, com as atenções voltadas para as primeiras eleições autárquicas do país, em 2020, “em simultâneo e em todos os municípios”.

Para o cargo de vice-presidentes foram nomeados Arlete Chimbinda e Simão Dembo e como secretários-gerais, Álvaro Daniel e Virgílio Samussongo, que têm como adjunto Lázaro Kakunha.

A nível da Assembleia Nacional foi nomeado líder do grupo parlamentar Liberty Chiyaka, primeiro e segundos vice-presidentes, Maurílio Luyele e Albertina Ngolo, respetivamente, e primeiro e segundo secretários Alberto Ngalanela e Joaquim Nafoia.

Na sua intervenção, Adalberto da Costa Júnior sublinhou que a equipa “está mais jovem”, salientando que o esforço foi feito para que “a direção do partido esteja mais capaz de falar a linguagem dos jovens, para poder melhor dialogar com a sociedade e com os jovens e poder melhor interpretar os seus desafios e as suas necessidades”.

O líder da UNITA referiu que o seu mandato tem também uma forte aposta em “fazer elevar a representatividade do género” e “promover a participação massiva dos jovens e das mulheres”.

Em declarações à imprensa, Adalberto da Costa Júnior referiu que “há um défice feminino”, mas que será equilibrado, dando prioridade às mulheres no âmbito das bolsas a serem distribuídas.

O político apontou a necessidade de a UNITA estar cada vez mais presente e ser mais importante para Angola e os angolanos, pedindo trabalho “fora dos gabinetes”.

“Temos que ter uma proximidade cada vez maior com o cidadão, temos que ir à procura do cidadão, da sua vivência, dos seus desafios, para melhor podermos interpretar, independentemente de onde nos encontrarmos – se é na Assembleia, se é na presidência da UNITA, se é qualquer outro nível – uma representatividade que vá de encontro à aspiração do angolano”, disse.

Adalberto da Costa Júnior manifestou satisfação por ter conseguido que o seu convite fosse aceite por muitos que foram seus opositores à cadeira máxima do partido, o que considerou muito importante para si.

No seu discurso, o presidente da UNITA realçou a necessidade de reforçar a unidade e coesão interna, pelo que o exercício da democracia será um fator congregador”.

“É incontornável o abraço à democracia para consolidarmos, unidade e coesão internas. A disciplina, o respeito, o amor ao trabalho, serão como sempre os nossos referentes permanentes”, disse.

À imprensa, Adalberto da Costa Júnior frisou que a campanha à eleição do novo líder do partido provou a necessidade do reforço da unidade e coesão interna. “Temos que estar atentos a estes sinais, mas nós pensamos que isso resolve-se fundamentalmente através da formação política, mas também humana, e a partir do início do ano vamos iniciar os atos de formação para os órgãos de direção a todos os níveis, nas províncias, municípios, nas comunas, e também na direção nacional”, disse.

Segundo o político, a campanha mostrou o quanto o partido vai precisar de revisitar a sua escola e os seus valores fundacionais, pois a experiência agora terminada apontou para a necessidade de se “reinvestir na permanente formação dos quadros e reganhar os valores que fizeram o partido crescer e tornar-se a esperança que é hoje, para um país inteiro”.

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