Na carta, entregue com data de Terça-feira e a que a Lusa teve acesso, o activista diz que José Lima Massano agiu contra os interesses angolanos no caso do Banco Espírito Santo de Angola (BESA), na projecção do Museu da Moeda e depois na sua construção.
"Todos estes factos indiciam acções extremamente suspeitas e exigem que o Ministério Público, superiormente dirigido pelo procurador-geral, inicie de imediato uma investigação criminal", defende o músico.
"Não se trata aqui de fazer juízos prévios, apenas de factos documentados que carecem de esclarecimento, a bem da justiça que desejamos ver a funcionar para todos, sem distinções", acrescenta.
Sobre o caso BESA, Luaty Beirão diz que Massano teve uma "activa comparticipação nos planos gizados por Manuel Vicente, Leopoldino do Nascimento (Dino) e Manuel Vieira Dias Júnior (Kopelipa) para tomar conta da referida instituição bancária", e critica também "a injeção inexplicada de montantes milionários de dinheiro público no banco, sem objetivos perceptíveis e contrapartidas claras".
No caso do Museu da Moeda, o ativista diz estar perante um "exemplo perfeito de astronómica sobre-faturação inexplicada de trabalhos, o qual urge investigar".