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Gabriel Nhoze: “A nossa geração vai definir como será a música daqui a alguns anos”

O mercado musical tem vindo a receber críticas por parte dos consumidores, tudo pelo imediatismo no modo os artistas compõem as músicas e se lançam no mercado. A par disto está, também, uma parte do público que dança e ouve música sem preocupação alguma acerca do conteúdo.

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Nesta entrevista, o músico e compositor Gabriel Nhoze fala do conceito que as pessoas têm sobre a música comercial e deixa a sua opinião a este respeito, numa altura em que a sua música Confissão já é uma prioridade para muitos amantes da música.

Quem é o Gabriel?

O Gabriel é um jovem batalhador nascido a 6 de Setembro de 1996 no Huambo, filho de Pedro Gabriel Ndala e de Justina Antônio Candumbú, que ama fazer música e muito temente ao criador.

Quando é que despertou a paixão pela música?

A paixão pela música despertou desde muito cedo, porque a minha mãe foi regente de um grupo coral, e vivia ouvindo músicas. Então não tinha como fugir.

Teve algumas influências de outros artistas que o motivaram a cantar?

Tive sim! Tanto nacionais como estrangeiros.

Quais sãos estilos musicais que o identificam?

Os estilos musicais que me identificam são: R&B e Guetto zouk.

Como encara o mercado da música hoje? Existe algo a mais, ou a menos, do que na geração anterior?

A meu ver, não resta tanto da geração anterior. Pois hoje a maioria das músicas quase que não têm poesia... e os artistas desafiam-se pouco.

Já agora, como encara a relação entre a nova e antiga geração de artistas?

Sou suspeito para falar disso, pelo simples facto de ser novo.

Consta que um dos seus propósitos é reformar o conceito sobre a música comercial. Primeiro, o que é afinal a música comercial e não comercial?

"Reformar" é um termo muito profundo, sendo que o conceito "comercial" é muito abrangente. O meu objectivo, é ajudar as pessoas a perceberem que a música não precisa de ser tão simples na sua constituição lírica para se tornar comercial. Quanto ao conceito: é comercial toda a música feita com intuito de ser comercializada, e não comercial, toda música feita com intuito de não ser comercializada.

Enquanto artista, qual é a sua missão, visão e valores?

A minha missão é ajudar as pessoas a perceberem que a música não precisa de ser tão simples na sua constituição lírica para tornar-se comercial. A minha visão é tornar-me num dos melhores compositores de Angola. Propus-me a cumprir essa missão porque entendo que nós - desta geração - definiremos como será a música daqui a mais alguns anos. Então quero ajudar a evitar que daqui a alguns anos a música perca a qualidade que lhe resta. Quanto à visão, deve-se ao facto de que só assim me sentirei realizado no âmbito pessoal e assim poderei passar o testemunho de que quando nos propomos a realizar ou alcançar alguma coisa com dedicação, conseguimos.

Foram lançados dois temas seus. Quer falar-nos de cada um deles de forma resumida?

A música "Confissão", lançada em 2017, reflecte o estado emocional em que eu me encontrava na época. Já a música "Choro" foi escrita para responder à ansiedade do público de querer ouvir e ver-me a actuar outra música além da "Confissão".

O que pretende atingir com estes dois temas?

Com esses dois temas, pretendo atingir o coração das pessoas e, posteriormente, o seu respeito e reconhecimento como músico.

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