A posição foi assumida pelo ministro, em Luanda, questionado pela Lusa durante a apresentação do concurso internacional para um quarto operador de telecomunicações em Angola, e na sequência da alegada falta de entendimento entre os actuais operadores para a partilha dos equipamentos e rede passiva.
"Existe de facto um decreto que obriga a que todas as infraestruturas capazes de albergar os serviços ligados às Tecnologias da Informação e Comunicação devem ser partilhadas. Se partilharmos as infraestruturas diminuímos os riscos, os investimentos a fazer são melhores", apontou.
Na área das telecomunicações fixas e móveis actuam no país três grandes operadores, caos da estatal Angola Telecom e das privadas Unitel e Movicel.
"Qualquer um dos operadores que está no mercado tem consciência disso e nós também iremos exigir que isso ocorra, até porque isso será bom para todos. Vamos partilhar todos os riscos, vamos poder fazer menos investimentos e prestar melhor serviço", apontou.
Quanto à disponibilização de um quarto operador de telecomunicações, fixas e móveis, o ministro garante que o concurso público internacional a lançar até final deste ano surge depois de análises de mercado e de avaliação do espectro radioeléctrico disponível.
"A montagem de um operador global não é fácil. Estruturar uma rede para Luanda não vai levar pouco tempo e muito mais ainda estruturar uma rede para todo o país, nas condições que nós temos. Vai levar um certo tempo, mas é preciso que comecemos agora, para que daqui a um futuro breve possamos ter mais um operador global", enfatizou.
Actualmente, o mercado das telecomunicações móveis é dominado pela operadora Unitel, da empresária Isabel dos Santos, existindo ainda uma segunda operadora, a Movicel.
De acordo com os números revelados pelo ministro José Carvalho da Rocha, Angola tem actualmente mais de 11 milhões de cartões da rede móvel registados.