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Economist prevê crescimento do país abaixo de três por cento até 2021

A Economist Intelligence Unit (EIU) prevê que Angola cresça menos de três por cento até 2021, o que, aliado à subida do rácio da dívida pública face ao PIB, aumenta o risco de incumprimento financeiro do país.

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"A despesa com o serviço da dívida em 2017 deverá aumentar para 36,28 por cento, o que, aliado a uma perspectiva de crescimento económico baixo - menos de três por cento entre 2017 e 2021, segundo a nossa estimativa -, aumenta a vulnerabilidade de Angola a um incumprimento", escrevem os peritos da unidade de análise da revista britânica The Economist.

Numa análise à recente decisão de excluir o montante de dívida das empresas públicas, como a Sonangol ou a transportadora aérea TAAG, para efeitos do cálculo do rácio de dívida face ao PIB permitido por lei (60 por cento), os peritos da EIU afirmam que se um incumprimento acontecer, "a dívida soberana seria confrontada com taxas de juro mais altos sobre a emissão de dívida, e isso iria prejudicar as taxas de crescimento da economia no futuro".

O ministro das Finanças, explicou a decisão com a necessidade de corrigir inconsistências dentro da moldura legislativa, mas a oposição acusou o Governo de tentar manipular os números, uma vez que retirar a dívidas das grandes empresas públicas reduz automaticamente o rácio da dívida pública face ao PIB, "o que sugere que este é um exercício para melhorar as aparências, em vez de apertar a gestão fiscal", escreve a EIU.

A mudança legislativa, continuam os analistas da Economist, acontece num contexto de rápida subida da dívida pública do país: a dívida pública subiu de 34,2 por cento em 2015 para cerca de 57 por cento no ano passado, e deverá ter ultrapassado os 70 por cento do PIB este ano, de acordo com as estimativas apresentadas na semana passada pelo FMI.

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