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Sete empresas juntam-se para explorar nova mina de diamantes que poderá duplicar produção nacional

A empresa estatal diamantífera Endiama vai juntar-se aos russos da Alrosa e a mais cinco parceiros para explorar a nova mina de diamantes do Luaxe, no interior norte de Angola, que poderá duplicar a produção nacional.

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Em causa está o formato empresarial para outorga da concessão e a realização dos investimentos necessários à prospecção e exploração do kimberlito na área denominada de Luaxe, na província da Lunda Sul, que será liderado pela estatal Endiama (30 por cento) e pela Alrosa (30 por cento).

O contrato para prospecção, pesquisa e reconhecimento de depósitos primários de diamantes naquela área de concessão, autorizado por decreto presidencial de Outubro, ao qual a Lusa teve acesso, envolve ainda a participação das empresas e sociedades Artcon (15 por cento), LLI (8,3 por cento), Odebrecht (7,5 por cento), Makakuima (5,2 por cento) e Polyus Gold (4 por cento).

Estas empresas estão ainda sujeitas à apresentação de um estudo de viabilidade técnica e económica da exploração do Luaxe, considerado o maior kimberlito do mundo e que dista 20 quilómetros da mina de Catoca, sendo esta a quarta maior do mundo (parceria liderada igualmente pela Endiama e Alrosa).

Juntamente com os restantes parceiros do contrato de investimento mineiro do Luaxe, Endiama e Alrosa prevêem investir mil milhões de dólares naquela concessão, que poderá garantir uma produção anual de cerca de dez milhões de quilates. Ou seja, praticamente duplicando a produção anual angolana de diamantes.

O presidente do conselho de administração da Endiama, Carlos Sumbula, admitiu, em Setembro passado, que a mina de Luaxe deverá entrar em produção até 2020, representando reservas à volta de 350 milhões de quilates e uma previsão de exploração de mais de 30 anos.

As vendas de diamantes por Angola aumentaram até Setembro, face a igual período de 2014, ultrapassando os 866 milhões de dólares e 6,5 milhões de quilates.

Angola arrecadou em 2014 cerca de 10 mil milhões de kwanzas só com impostos sobre a venda, no total, de 8,6 milhões de quilates, por 1.274 milhões de dólares.

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