"O Angosat-2 tecnicamente está pronto para ser lançado, já se encontra nesse momento na área de lançamento dos satélites e deverá ser lançado em órbita no dia 12 de Outubro", anunciou o ministro.
O titular da pasta das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social referiu ainda que após o lançamento se impõem um conjunto de "manobras técnicas" que demoram entre 90 a 120 dias até o aparelho ficar apto a ser usado.
"O lançamento do satélite implica a seguir um conjunto de manobras técnicas que levam à volta de 90 a 120 dias o satélite a ficar em condições de ser utilizado como tal", indicou, citado pela Rádio Nacional de Angola (RNA).
O satélite, continuou, cobre todo o continente africano e uma parte Europa: "Ele cobre África toda, cobre uma boa parte significativa da Europa".
Além disso, informou que têm vindo a contactar países do continente africano para lhes prover serviços, entre os quais no sector das telecomunicações.
"Temos estado a contactar os países africanos, particularmente na nossa região, no sentido de podermos prover igualmente serviços a esses países, serviços de vária natureza sobretudo serviços de telecomunicações", referiu, citado pela RNA.
Contudo, também informou que alguns países, nomeadamente da SADC, têm mostrado interesse nestes serviços. "Já há manifestações de interesses de países da região e não só, e porque existe uma política a nível dos satélites aqui da região SADC a interacção é muito grande porque, não só em relação ao Angosat-2, Angola lidera o projecto de partida de satélites da SADC e dentro desse contexto temos estado a trabalhar também no sentido de apresentar o Angosat-2 aos países da região", indicou, citado pela RNA.
Mário Oliveira considerou ainda que a colocação em órbita deste satélite vai assegurar a expansão dos serviços de telecomunicações no país: "A expansão dos serviços de telecomunicações em todo o país e com a expansão do serviço de telecomunicações vem aí a telemedicina, o teletrabalho, tudo isso tendo como base no serviço de Internet que ele é capaz de suportar".
Mencionou igualmente o custo dos serviços, esclarecendo que os preços ainda não estão determinados. No entanto, deixou a garantia de que irão trabalhar para que "haja preços justos e compatíveis" de acordo com as necessidades do mercado.
"É natural que algum trabalho relativamente aos preços, que não está nada definido, porque na definição do preço de um produto existem uma série de componente que não só o meio de comunicação. O que nós podemos garantir é que vamos trabalhar na perspectiva de que haja preços justos e compatíveis com aquilo que são as necessidades do nosso mercado", completou o ministro, citado pela RNA.
O Angosat-2 vem substituir o Angosat-1, que depois de ter entrado órbita em 2017 perdeu o contacto com a Terra.
