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Angola antecipa pagamento da dívida a maiores credores

O país antecipou o pagamento da dívida aos seus maiores credores. O aumento dos preços do petróleo nos mercados internacionais está a ajudar Angola na antecipação desse pagamento, um mecanismo que possibilitará ao país ter “mais folga” financeira no próximo ano.

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A informação foi avançada pela ministra das Finanças, Vera Daves, que indicou que em Dezembro deste ano acaba a vigência dos acordos firmados com os credores e que se terá de "começar a pagar as prestações de capital relacionados com os financiamentos", explicando que esta antecipação visa "retirar alguma pressão" que se deverá sentir no próximo ano.

"Nós temos lançado mão desse mecanismo para retirar alguma pressão que deveremos viver em 2023. Dezembro de 2022 termina a vigência desses acordos, teremos que começar a pagar prestações de capital relacionados com os financiamentos com esses dois bancos", disse a governante, citada pela Rádio Nacional de Angola (RNA).

Vera Daves adiantou que o que conseguirem "fazer para reduzir a pressão sobre 2023" irá dar "mais folga em 2023 para usar em receitas fiscais que advierem desse exercício para financiar o OGE, continuar a apostar no social, continuar a apostar nas infra-estruturas, nas despesas de capital".

"O objectivo no fundo é diminuir o peso do serviço da dívida pública em 2023, existir mais espaço para executar despesa em sectores como educação, saúde, (...)", adiantou, citada pela RNA.

A titular da pasta das Finanças referiu igualmente que essa é uma estratégia que já têm vindo a "levar a cabo, que é progressivamente ir tornando mais leve o serviço da dívida".

Citada pela RNA, a ministra admitiu que "todo o país se endivida", mas o que têm procurado fazer é "buscar soluções mais baratas", sendo que "é nessa lógica de ter espaço para respirar e liquidez em 2023 e nos anos que virão" que têm "feito a gestão pro-activa" dos passivos.

Ao falar no âmbito das reuniões anuais do Banco Mundial (BM) e do Fundo Monetário Internacional (FMI), Vera Daves aproveitou ainda a ocasião para referir que a presença do país no evento possibilitou criar contactos e delinear o rumo dos trabalhos para o próximo exercício económico, bem como possibilitou a identificação e reavaliação da bolsa de financiamento para o país, com o intuito de agilizar os projecto que estão a decorrer em Angola.

Segundo a Angop, a governante disse igualmente que o Executivo, em colaboração com o grupo BM, FMI e o Banco Africano de Desenvolvimento, dará continuidade à elaboração do Plano de Desenvolvimento Nacional e estabelecerá actos que reforcem a assistência técnica, bem como negociar o financiamento para os projectos que vão ao encontro da perspectiva do Plano de Desenvolvimento Nacional 2023-2027.

Recorde-se que a delegação nacional, chefiada pela ministra das Finanças, participou no certame de 10 a 16 de Outubro, em Washington, nos Estados Unidos da América.

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