Ver Angola

Ambiente

Seis anos depois, Fazenda Pungo Andongo volta a produzir grãos em larga escala

Após seis anos parada, a Fazenda Pungo Andongo retomou, este ano, a produção de grãos em larga escala. Situada no pólo agro-industrial de Capanda, município de Cacuso, na província de Malanje, a fazenda está a preparar 1200 hectares destinados à produção de milho e soja.

:

A informação foi avançada por Carlos Cunha, responsável da Prumo – empresa que assumiu no ano passado a gestão da fazenda no quadro do Programa de Privatizações – que indicou que estão a retomar um "monstro adormecido" no domínio da agro-indústria por via do cultivo inicial de milho (800 hectares) e de soja (400 hectares).

Até ao momento, cerca de oito milhões de dólares já foram desembolsados na requalificação dos principais alicerces da fazenda, bem como na obtenção de ferramentas agrícolas novas, informou, citado pela Angop.

O responsável, citado pela Angop, apontou o presente ano como sendo de "grandes desafios", uma vez que têm de "colocar a fazenda em movimento", estando "desde o início da época seca" a trabalhar nesse propósito.

"Este ano é de grandes desafios, temos que colocar a fazenda em movimento, estamos a trabalhar desde o início da época seca na desmatação de mais 4200 hectares, correcção e nivelamento dos solos, reabilitação e consolidação das infra-estruturas", indicou.

Além disso, aproveitou ainda para mencionar perspectivas para daqui a sensivelmente dois anos. Mais 12 milhões de dólares é quanto a empresa prevê desembolsar em 2024 para adquirir e implementar vários pivôs de rega para cerca de 2000 hectares de milho, numa acção que possibilitará a colheita de grãos duas vezes ao ano, escreve a Angop.

Já Fernando Hoffman, director da fazenda, revelou que a restauração dos silos de armazenamento e secagem dos grãos está na recta final.

Também citado pela Angop, aproveitou ainda para referir que brevemente vão começar as obras de recuperação da unidade de ração animal e fuba de milho, capaz de produzir 40 mil toneladas diárias.

Indicou que a zona industrial foi a mais afectada por actos de vandalismo e admitiu que o processo de reabilitação poderá demorar, mas que trabalharão na sua recuperação. "A área industrial foi a mais vandalizada, com o furto de dezenas de motores, linha de processamento da fuba, cabos eléctricos e outros meios ficaram danificados pela acção do tempo", indicou, citado pela Angop.

Acerca dos meios agrícolas em uso no actual ano agrícola, referiu que se tratam de equipamentos novos, pois pouco se tira proveito dos antigos.

A fazenda - que possui um total de 33 mil hectares, conta com oito silos capazes de guardar 36 mil toneladas de grãos e emprega mais de 60 pessoas - foi inaugurada pelo na altura Presidente da República José Eduardo Santos, tendo começado a operar entre 2006 e 2007.

Abandonada desde 2016, a unidade foi vandalizada. No entanto, no ano passado, no quadro do Programa de Privatizações, a sua gestão ficou ao encargo da Prumo - Empreendimentos e Materiais de Construção, que está actualmente a fazer ressurgir o projecto, escreve a Angop.

 

Relacionado

Permita anúncios no nosso site

×

Parece que está a utilizar um bloqueador de anúncios
Utilizamos a publicidade para podermos oferecer-lhe notícias diariamente.