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Mota-Engil é uma das interessadas na gestão do corredor do Lobito

A Mota-Engil é uma das cinco empresas concorrentes à gestão e manutenção das infra-estruturas do chamado Corredor do Lobito, que iniciaram na Segunda-feira uma série de visitas técnicas.

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Segundo uma nota do gabinete de comunicação do Porto do Lobito, divulgada esta Terça-feira, são concorrentes, até agora, a Mota-Engil, as chinesas CITIC e CR20, a suíça Trafigura (que pagou ao general Leopoldino Fragoso do Nascimento 'Dino' 390 milhões pelas suas acções na Puma Energy) e a DP World, do Dubai, que conquistou a concessão do Porto de Luanda para os próximos 20 anos.

Os representantes das empresas visitaram as Oficinas gerais do Caminho-de-Ferro de Benguela (CFB) e o local onde vai ser instalado o Terminal de Trânsito de Mercadorias, no Compão, iniciando uma série de visitas técnicas para constatar o estado actual e operacionalidade das infra-estruturas.

Os cinco concorrentes deslocaram-se também ao Terminal Mineraleiro do Porto do Lobito, também integrado no concurso internacional de concessão.

A delegação, que integra representantes do CFB e da Empresa Portuária do Lobito, seguiu depois num comboio especial para o Luau para visitar as principais infra-estruturas localizadas ao Longo da Linha férrea, passando pelas províncias do Huambo, Bié e pela cidade do Luena.

O concurso internacional para a concessão, gestão partilhada, manutenção das infra-estruturas ferroviárias, serviços de transporte de mercadorias e de logística de suporte do Corredor do Lobito foi lançado no dia 8 de Setembro e o prazo de submissão de propostas decorre até 7 de Dezembro.

Com a concessão, o Executivo quer criar uma empresa de capital privado, Sociedade de Propósito Específico (SPE), a ser controlada por operadores privados ou por uma única entidade com participação minoritária do Estado.

Esta sociedade será responsável pela operação, exploração e manutenção da infra-estrutura da linha férrea do Lobito/Luau, com a possibilidade de construção de ramal de ligação à Zâmbia; o serviço ferroviário de transporte de mercadorias na linha férrea do Lobito/Luau; a construção, operação e exploração de dois terminais de trânsito de mercadorias de apoio ao serviço ferroviário de transporte de mercadorias na linha férrea do Lobito/Luau, sendo um deles no Lobito e outro no Luau; a gestão do centro de formação na província do Huambo e a operação, exploração e manutenção das oficinas ferroviárias.

A concessão tem um prazo de 30 anos, período em que a concessionária (SPE) vai assumir o transporte de grandes cargas com maior predominância para minérios e combustíveis, enquanto o serviço público de transporte de passageiros e de pequena carga permanecerá sob gestão do Caminho-de-Ferro de Benguela.

Segundo informações disponibilizadas na página oficial do Governo angolano pretende-se maximizar as potencialidades da infra-estrutura ferroviária do Corredor do Lobito, incrementar as exportações e investimentos indirectos em plataformas multimodais, terminais e outras infra-estruturas ao longo da linha, para "promover o desenvolvimento económico, social e culturais das comunidades locais".

A reactivação do Corredor do Lobito visa também reforçar a integração regional tendo em conta a possibilidade de interligação dos oceanos Atlântico e Índico, com a conexão da via-férrea ao Porto de Dar-es-Salaam, na Tanzânia.

A operação do Corredor do Lobito envolve investimentos adicionais ao longo do percurso férreo Lobito/Benguela/Luau, incluindo a integração da via-férrea contígua do outro lado da fronteira na República Democrática do Congo, e a construção de um ramal para a República da Zâmbia.

Segundo o executivo, foram investidos recentemente cerca de 1,9 mil milhões de dólares na reconstrução do caminho-de-ferro e na ligação com a República Democrática do Congo (RDC), "cujos proveitos podem agora ter a oportunidade de ser recuperados".

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