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Novo corpo directivo da IURD liderado por angolanos publicado em Diário da República

A Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) de Angola, liderada pelo bispo angolano Alberto Segunda, viu publicado em Diário da República o seu novo corpo directivo, saído da última assembleia extraordinária, realizada em Junho deste ano.

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Em conferência de imprensa, foi igualmente anunciado que constam do Diário da República de 7 de Outubro deste ano as alterações dos estatutos da IURD.

Num comunicado, lido pelo bispo Manuel Mendes, a igreja considera que a publicação em Diário da República "demonstra com clarividência que a direcção legítima da IURD sempre pautou pela verdade, transparência, respeitando as normas vigentes em Angola".

"Assim sendo, julgamos ser imperioso os órgãos da administração da justiça, os titulares das pastas ministeriais do pelouro que superintendem a actividade religiosa, se pronunciem, bem como se façam diligências com vista à reabertura dos templos lacrados e a consequente restauração da liberdade de consciência, religião e crença dos fiéis, constitucionalmente consagrado", refere a nota.

Segundo a igreja, desde Novembro de 2019 que tem sido alvo de diversos ataques, "perpetrados por ex-pastores e pastores dissidentes, cuja finalidade única é senão manchar o bom nome da instituição, numa clara demonstração de um acto de rebelião e tentativa de tomada do controle da instituição por meios criminosos".

No comunicado, a IURD considera ilegal a assembleia realizada em 13 de Fevereiro deste ano, "levada a cabo por sujeitos que não são membros da igreja, nem integram os seus órgãos sociais, e desta forma, não têm quaisquer poderes de representação ou legitimidade".

A assembleia extraordinária realizada em Junho passado, além da eleição do líder espiritual e presbítero da IURD em Angola, o bispo Alberto Segunda, elegeu igualmente o seu conselho de direcção e a mesa de assembleia.

O comunicado salienta que apesar dos "diversos ataques" a igreja tem-se mantido firme nos seus ideais de propagação do evangelho e fruto disto são as diversas acções e trabalhos sociais e evangelísticos realizados pelas centenas de missionários e milhares de membros de Cabinda ao Cunene".

Em declarações à imprensa, o assessor jurídico da IURD, Ângelo dos Santos, disse que as publicações foram já enviadas para os órgãos da administração local, estando a aguardar por um pronunciamento.

"A publicação em Diário da República é recente, apenas no dia 19 se tornou pública, pelo que os contactos foram feitos no dia 22 e vamos aguardar. Os contactos foram feitos, as missivas foram enviadas e vamos aguardar pelos pronunciamentos", referiu.

Em Março deste ano, o Governo angolano reconheceu o bispo angolano Valente Bizerra, como o bispo da IURD em Angola, eleito em assembleia-geral extraordinária realizada em Fevereiro.

A crise na IURD em Angola resulta de divergências entre pastores e bispos angolanos e brasileiros sobre a gestão dessa instituição e queixas de humilhações, discriminação e crimes económicos.

Alberto Segunda substituiu no cargo o bispo brasileiro Honorilton Gonçalves, que se encontra implicado num processo judicial pelas autoridades angolanas.

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