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UNITA pediu esclarecimentos sobre acórdão do Tribunal Constitucional que anulou congresso

A UNITA enviou uma carta ao Tribunal Constitucional para aclarar dúvidas sobre o acórdão que determinou a anulação do XIII Congresso e a destituição do líder eleito, Adalberto da Costa Júnior, disse o presidente do partido.

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À saída da cerimónia em que tomou posse como conselheiro da República, no Palácio Presidencial, em Luanda, Isaías Samakuva, quando questionado sobre o acórdão do TC que determinou o afastamento de Adalberto da Costa Júnior e o seu regresso à liderança do partido, considerou que o documento "é difícil de entender na sua íntegra", pelo que escreveu uma carta "para pedir esclarecimentos de certas dúvidas que surgiram ao ler o acórdão", sem entrar em detalhes.

O Tribunal Constitucional (TC) anulou o XIII Congresso da UNITA dando razão a um grupo de militantes da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), que requereu a nulidade do congresso invocando várias irregularidades.

Entre as alegadas irregularidades consta a dupla nacionalidade de Adalberto da Costa Júnior à data de apresentação da sua candidatura às eleições do XIII Congresso.

Na semana passada, a UNITA decidiu agendar um novo congresso que deverá realizar-se até 4 de Dezembro. "Decidiu-se que devíamos procurar realizar o congresso o mais rapidamente possível", disse Isaías Samakuva aos jornalistas, mostrando-se convicto de que o conclave acontecerá em cerca de um mês.

"Normalmente, preparamos em quatro meses, mas tendo em consideração determinadas tarefas que foram feitas no pleito anterior achamos que poderíamos procurar trabalhar afincadamente e fazer o congresso nesse período de tempo, pouco mais ou menos em 40 dias, a pratica dirá, isso exige trabalho dedicação e esperamos que seja possível", salientou.

Samakuva afirmou estar preparado para voltar a ser membro do Conselho da República, no quadro das responsabilidades que lhe competem enquanto presidente da UNITA.

"Como tive ocasião de dizer na altura do juramento, esta responsabilidade leva-nos a trabalhar para a unidade nacional, a estar mais próximos do senhor Presidente, dar o nosso saber, a nossa experiência e poder ajudar naquilo que for necessário", afirmou.

A tomada de posse antecedeu a sessão do Conselho de República convocada na semana passada por João Lourenço para abordar a situação da covid-19 em Angola, apresentar o relatório do processo de auscultação pública sobre a alteração da Divisão Política Administrativa e falar sobre a preparação do processo eleitoral.

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