As inquietações dos operadores do subsector de diamantes em Angola foram apresentadas durante o segundo encontro sobre a actividade semi-industrial de diamantes em Angola, que decorre em Luanda, tendo sido indicados, no entanto, alguns avanços.
Segundo Georgina Nunda, representante das cooperativas do Bié, a paralisação de algumas cooperativas naquela província do centro e sul do país, que não prorrogaram suas licenças, deveu-se a dificuldades que constituem preocupações dos associados.
"Eles [os filiados] alegam falta de investidores, dificuldades das vias de acesso e que também existem cooperativas com minas e isso tudo ainda são obstáculos para executar aquilo que se pretende", disse a responsável em declarações à margem do encontro.
Em relação às recomendações deixadas no primeiro encontro, a também administradora da cooperativa Tchitembo Tchalaza sublinhou que "foram registados avanços de 70 por cento, particularmente na comercialização e ajuda para tentar mitigar a evasão de garimpeiros".
Félix Costa, representante das cooperativas do Cuanza Sul, lamentou, por sua vez, a "falta de incentivos fiscais", considerando que operam com dificuldades de ordem financeira e outras causadas pela actual crise pandémica.
"Uma das maiores preocupações que trazemos para este encontro é a falta de incentivos fiscais, temos tido poucos incentivos fiscais, estamos a trabalhar a braços com dificuldades financeiras, dificuldades de ordem pandémica", relatou.
Apesar das dificuldades, o também administrador da cooperativa Cuanza Mucango assegurou muito trabalho para poder levar as cooperativas "para semi-industriais".
O "crescimento dos níveis de produção", embora abalados pela covid-19, que tem criado uma série de embaraços, foi apontado pelo empresário como factor positivo a nível do sector.
O encontro, que decorre em Luanda, é promovido pelo Ministério dos Recursos Mineiras, Petróleo e Gás, tendo o ministro Diamantino Pedro de Azevedo procedido ao discurso de abertura.