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Afreximbank: empresários angolanos devem explorar oportunidades nas feiras internacionais

Os empresários angolanos devem ser mais dinâmicos e explorar oportunidades de negócios nas feiras internacionais e nos mercados intra-africanos, disse esta Quinta-feira a directora-geral da Iniciativa de Comércio Intra-africano do Banco Africano de Exportações e Importações (Afreximbank).

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Kanayo Awani, que falava durante uma apresentação da Feira Internacional Intra-Africana 2021 (IATF), que se realiza de 15 a 21 de Novembro em Durban, na África do Sul, disse que Angola foi responsável apenas por 0,1 por cento dos negócios gerados na anterior edição deste certame em 2018.

"Na anterior feira fechámos negócios no valor de 2 mil milhões de dólares e só 0,1 por cento deste valor era relativo a empresas angolanas. Há uma oportunidade, este ano, para mudar isso, para que os empresários angolanos façam mais negócios, estejam mais engajados e tirem vantagem destas oportunidades", declarou Awani à Lusa.

O Afreximbank está a trabalhar com os governos africanos para ajudar os países e o sector privado a gerir eventuais perdas de receitas decorrentes da liberalização e melhoria do acesso ao mercado no âmbito da Zona de Comércio Livre Continental Africana (ZCLCA), um acordo que entrou em vigor no início deste ano e que Angola ratificou.

O fundo conta já com mil milhões de dólares e o banco está a trabalhar com parceiros para mobilizar os cerca de 7 mil milhões de dólares restantes, acrescentou Kanayo Awani.

O Afreximbank desenvolveu também um esquema colaborativo de circulação para facilitar o movimento de mercadorias e bens, depositando apenas uma taxa única em vez do pagamento em cada passagem de fronteira, estando previstos mil milhões de dólares para apoiar esta iniciativa em todo o continente.

A responsável do Afreximbank sublinhou que Angola está entre as maiores economias de África com uma grande riqueza de recursos naturais, dependendo, no entanto, como outros países africanos, da exportação de matérias-primas como o petróleo.

"A dependência de mercados externos expôs Angola à volatilidade global e aos choques nos preços das 'commodities'", frisou, destacando que a localização do país, como uma porta de entrada para o sul e centro da África é estratégica, colocando Angola numa posição única para aproveitar as vantagens da ZCLCA e do comércio intra-africano.

Assinalou ainda que a IATF é uma oportunidade para conquistar parte dos 40 mil milhões de dólares previstos em negócios e investimentos que irão contribuir para apoiar a diversificação económica e o desenvolvimento industrial.

A segunda edição deve atrair mais de 1000 expositores, mais de 10.000 visitantes, compradores e participantes da conferência de todos os 55 países africano e o resto do mundo, segundo o Afreximbank.

Na sua intervenção, Kanayo Awani recordou ainda que o Afreximbank já apoiou financeiramente Angola com cerca de 2 mil milhões de dólares através de uma série de intervenções direccionadas aos sectores público e privado.

Actualmente dispõe de uma linha de cerca de mil milhões de dólares para apoiar vários sectores da economia angolana que podem beneficiar de oportunidades no comércio intra-africano.

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