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Taxa de câmbio entre kwanza e dólar atingiu o ponto de equilíbrio

O ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, considerou esta Quinta-feira que a taxa de câmbio entre o kwanza e o dólar atingiu um ponto de equilíbrio, com a diferença com o mercado paralelo nos 10 por cento.

: Ampe Rogério/Lusa
Ampe Rogério/Lusa  

"O diferencial entre o kwanza e o dólar atingiu um nível de equilíbrio, com a diferença entre a taxa oficial e a praticada no mercado paralelo a ser de menos de 10 por cento, quando chegou a haver um diferencial de 150 por cento", disse o ministro responsável pela Economia, durante o discurso feito no seminário sobre a economia de Angola, promovido pelo Instituto Real de Estudos Internacionais do Reino Unido (Chatham House). 

No discurso principal da tarde, o ministro elencou as dificuldades da recuperação económica, passou em revista os principais indicadores e salientou que o grande objectivo continua a ser a diversificação económica, já que a produção petrolífera enfrenta um problema estrutural.

"Como resultado do desgaste natural nos campos do petróleo, problemas operacionais, e de ausência de investimentos suficientes em tempo oportuno na prospecção petrolífera, a produção física tem estado a decrescer em Angola", admitiu o governante, salientando depois o impacto do sector na economia nacional.

"Devido ao grande peso que o sector ainda tem na nossa economia, o crescimento negativo deste sector tem afectado negativamente o crescimento global do país", apontou, lembrando que a estimativa do Governo aponta para um crescimento nulo este ano, depois de cinco anos de recessão, mas já com a economia não petrolífera a crescer significativamente.

"Para 2021, prevemos um crescimento global nulo, mas devemos realçar que para este ano a previsão de crescimento do sector não petrolífero é de 5,9 por cento, enquanto o sector petrolífero deverá registar uma taxa de crescimento negativa em 11,6 por cento", disse o governante.

Para o próximo ano, o Governo prevê uma expansão económica de 2,4 por cento, sustentada num crescimento do sector não petrolífero de 3,1 por cento, "o que é de grande importância porque este é o sector que cria mais postos de trabalho e está em melhores condições de contribuir para o bem-estar dos angolanos", concluiu o responsável.

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