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Covid-19: Angola anuncia averiguação por viagem de passageiros infectados para São Tomé

O Governo vai instaurar um processo de averiguação junto das entidades envolvidas no caso dos passageiros que viajaram num voo humanitário para São Tomé e Príncipe, apesar de estarem infectados com covid-19, anunciou este Domingo o Ministério da Saúde.

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"Na lógica da reciprocidade diplomática entre os dois países, o Ministério da Saúde, através do Instituto Nacional de Investigação em Saúde, realizou a testagem de Biologia Molecular aos passageiros [do voo humanitário da TAAG], tendo concluído com sete positivos", lê-se no comunicado emitido este Domingo pelo ministério.

Nessa nota, o Governo assegura que "toda a informação relativa aos resultados (negativos e positivos) foi passada à Embaixada de São Tomé em Angola, com proibição de saída dos sete infectados, que aguardariam pela orientação específica da Equipa de Resposta Rápida".

"Hoje, a realidade demonstra que esta orientação não foi observada e estando neste momento instaurado um processo de averiguação junto às autoridades implicadas", conclui o Ministério da Saúde, que afirma ter tido conhecimento da situação à chegada do voo a São Tomé e Príncipe pelos meios de comunicação social.

O Ministério da Saúde esclarece "a opinião pública nacional e internacional que à luz das medidas de restrição no âmbito do controlo e da prevenção da covid-19, ninguém sai nem chega a Angola sem o teste negativo de SARS-CoV-2 na base de RT-PCR, e esta orientação é de cumprimento obrigatório no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, em Luanda".

As autoridades são-tomenses elevaram, entretanto, para 13 o número de passageiros infectados no mesmo voo.

Pelo menos 45 passageiros que regressaram a 7 de Outubro a São Tomé e Príncipe num voo humanitário com origem em Luanda ficaram em quarentena, até se conhecerem os resultados dos testes à covid-19 a que foram submetidos no aeroporto da capital são-tomense, disse, na altura, à agência Lusa uma fonte governamental de São Tomé e Príncipe.

"Nós tratamos de tomar todas as medidas de carácter sanitário para evitar que haja a menor probabilidade possível de contaminação", afirmou o ministro da Saúde são-tomense, Edgar Neves.

"São Tomé e Príncipe, com o quadro epidemiológico que tem, precisa de se precaver da melhor forma possível para que não haja nenhum surto que possa vir a alterar esse quadro", acrescentou o governante.

Edgar Neves, que se deslocou pessoalmente ao aeroporto para acompanhar a aplicação das medidas sanitárias impostas para com os passageiros que entram no país, referiu que "todos os passageiros foram testados à chegada, ficando a aguardar resultados".

"Em função dos resultados dos testes, serão encaminhados para os diferentes destinos, podendo ser desde o hospital de campanha, até às unidades hoteleiras onde faremos a quarentena institucional", explicou o ministro da Saúde.

O voo humanitário, da TAAG para São Tomé transportava cidadãos deste país que estavam retidos há mais de sete meses em Angola por causa da pandemia e da capital são-tomense levou mais de 75 passageiros, angolanos e são-tomenses, residentes em Angola, que também tinham ficado impedidos de regressar.

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